terça-feira, 13 de maio de 2008

A insegurança é uma constante de Campo Maior

Já lá vai o tempo em que se vivia com segurança, era raro ouvir falar de um assalto, de roubos na via pública e até de ameaças e ofenças à população. Era uma época de mais harmonia e compreensão, talvez até de menos preocupações e como disse Camões "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades". A verdade é que os tempos mudaram, hoje tudo é diferente e com a evolução tecnológica a realidade de vida é outra.
Quer queiramos ou não, é uma realidade nova dos nossos dias! O Mundo vive numa insegurança permanente, são as guerras, a fome, os ódios religiosos e raciais, a corrupção, as lutas pelo poder sem olharem a meios para atingirem os seus fins.
Hoje é necessário mudar os parâmetros da nossa vivência, temos que zelar pelo nosso bem estar sem interferir na vida dos outros, é igualmente necessário defender as nossas vidas e o nosso património das maldades e ganâncias de terceiros. Também se torna imperioso que haja politicas sociais capazes de minimizar ou de erradicar todos os focos de insegurança existentes em Campo Maior.
Quem são os provocadores dessa insegurança?
Certamente não serão os que estão bem na vida, infelizmente são os que querem comer e não o têm, são os excluídos da sociedade e algumas minorias étnicas que se recusam a integrar-se na sociedade, vivendo em igualdade e com respeito pelo próximo.
Todos sabemos quem provoca a insegurança em Campo Maior, diariamente as Autoridades e Forças de Segurança são confrontadas com tais situações através das queixas que lhes chegam.
Antigamente e não precisamos ir muitos anos atràs, podíamos deixar bens no campo e não desapareciam, podíamos deixar as portas abertas e ninguém entrava, hoje se não nos precavemos e quando menos se espera o amigo do alheio surge e o prejuízo contabiliza-se.
Sem falar directamente nos verdadeiros culpados, é preciso chamar a atenção do Senhor Presidente da Câmara, como mais alto representante da comunidade Campomaiorense, para que tome as medidas que achar por convenientes para acabar com esta insegurança. O nosso Edil deve junto das Forças de Segurança e do Governo, exigir que seja erradicado o acampamento existente no Mártir Santo, dando uma solução coerente para os cidadãos de etnia cigana ali residentes.
Segundo a nossa Constituição, todos os cidadãos têm direito à liberdade e à segurança, a insegurança desaparecerá se esse problema for resolvido, basta lembrar que em inúmeras acções da G.N.R muito material oriundo de roubos foram ali encontrados. O Mártir Santo é um local insalubre e é igualmente uma má imagem para o nosso Património Monumental.
É tempo de alterar esta situação, para isso basta que haja boa vontade da parte de quem detém o Poder.
Campo Maior, 13 de Maio de 2008
Siripipi-alentejano

2 comentários:

Abrilongo disse...

A primeira parte da sua postagem suscita a minha rejeição porque me parece, além de não fundamentada, típica das pessoas que, por terem uma idade algo avançada, reagem por preconceito contra "este tempo", elogiando os "tempos passados", como sendo neles que se concentravam todas as virtudes, sendo o presente o tempo de todos os males e defeitos.
Ora, a verdade é que a violência geradora de insegurança, é uma constante de todos os tempos. Basta ter um mínimo de conhecimento histórico para o constatar.
O que se passa é que as sociedades se vão tornando cada vez mais numerosas e mais complexas. Uma cidade importante como Lisboa teria, no século XI, tantos habitantes como uma das mais pequenas cidades do interior, nos nossos dias.
O progresso consiste em ir encontrando resposta para as novas situações e novas realidades sociais. E aí já encontro pontos de concordância com a segunda parte da sua exposição.
Há políticos e POLITICOS.
Há os que, para melhor se servirem do povo, têm como projecto "fazer a vontade do povo". Como se o povo fosse uma massa uniforme e passiva que apenas se contenta com as "cócegas" que lhe façam para se divertir. Esta é uma concepção, "rasca" e oportunista da política.
A função básica da POLITICA consiste em agir para corresponder às necessidades, ao bem-estar e à segurança do povo. Mesmo que parte deste possa não aplaudir algumas das medidas tomadas.
O nosso problema é no fundo este: estamos numa época de crise, como são todas as épocas de transição. Há uma ausência muito grande de valores. As pessoas movem-se por interesses imediatos. Escolhem politicozinhos e não POLITICOS, com a missão, a vontade e a determinação de servir o povo. Os politicozinhos fazem demagogia que sabem ser a forma mais fácil de manter o poder. Não têm rumo, não têm princípios, nem têm projectos: pretendem servir-se e não servir. Manipulam para conseguir que o povo os eleja julgando que escolhem de livre vontade. Prometem sem qualquer intenção de cumprir. Mente, caluniam, difamam, gabando-se de que todos meios se justificam para atingirem os meios que mais favoreçam o seu interesse e a sua vaidade.
È esta a causa primeira de todas as inseguranças, a razão da maior parte das desgraças que atormentam a nossa sociedade.
Como sair disto? Educando o povo. Preparando as novas gerações para que elas saibam decidir com discernimento e escolher o que mais lhes convém em plena liberdade.

siripipi alentejano disse...

Quando me refiro a tempos passados
não o faço por saudosismo, antes pelo contàrio, pretendo dar ao conhecer às novas gerações a realidade da segurança. Para falar dessa segurança não necessito de a fundamentar, é uma realidade que todos constatamos, poderei não ter sido explicito e como diz o Povo
"apanhar os bois pelos cornos" Deveria ter sido mais incisivo na denúncia desses factos. Brevemente voltarei ao assunto com dados concretos.
Obrigado pelo comentário.