ACESSO A EDIFÍCIOS
PÚBLICOS DIFICULTA DEFICIENTES
Há
dias, dirigi-me a uma Repartição Pública de Campo Maior, para tratar de um
assunto pessoal e verifiquei que um Senhor com dificuldades de mobilidade teve
que ser ajudado para subir as escadas de acesso a essa Repartição. Fiquei
apreensivo por saber que há legislação para a resolução deste problema e que
aqui não tem sido aplicada.
A
vida dos cidadãos portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida torna-se
por vezes difícil, para poderem ter acesso a edifícios afectos a serviços
públicos de uso colectivo.
É
de lamentar que em 2014, passados oito anos sobre a publicação da Lei nº.
163/2006 (Lei das Acessibilidades), continue um pouco por todo o lado, sem que
esteja a ser aplicada.
Esta
Lei estabelece as normas gerais e os critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência, mediante a supressão de
barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na
construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e comunicação.
Campo
Maior é um dos concelhos onde ainda existem barreiras que inibem esses cidadãos
de se deslocarem livremente para tratar dos seus assuntos. Estão nestas condições:
Câmara Municipal, Cartório Notarial,
Repartição de Finanças, Tesouraria da Fazenda Pública, Biblioteca Municipal,
todas as Escolas Primárias, as Igrejas da Matriz, São João e Convento.
A
responsabilidade de fazer cumprir a Lei cabe às Autarquias, porque são elas que
lhes compete aprovar e licenciar obras de urbanização, construção e remodelação
de edifícios, contudo, o Estado também não cumpre a Lei, quando deveria ser o
primeiro a dar o exemplo.
Tendo
em conta que os novos projectos já são obrigados ao cumprimento da Lei das
Acessibilidades, era bom que a nossa
Autarquia desse o exemplo relativamente ao seu património e exigisse às
restantes entidades oficiais que procedessem a adaptação urgente dos seus
Serviços Públicos.
É
bom salientar que nos espaços exteriores (passeios, passadeiras e residências
de deficientes), a Câmara tem cumprido a legislação, o que me apraz referir,
por ser uma demonstração de respeito pelos cidadãos com dificuldades de
mobilidade.
A
principal intenção deste post, além de ser um alerta, é também a chamada de
atenção ao nosso Município para a
necessidade do estudo de uma nova sinalização vertical e correcção de zonas de
estacionamento em todo o Centro Histórico, dado que a maioria das Ruas são
estreitas e com muitas viaturas estacionadas, o trânsito torna-se muito
difícil.
A
construção de Parques de Estacionamento, gratuitos e vigiados,
descongestionariam o estacionamento e fluiria com mais eficácia e segurança, o trânsito
de viaturas e espaços para isso não faltam.
Siripipi-Alentejano
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