quarta-feira, 24 de setembro de 2014

CENTRO ESCOLAR CONCLUÍDO

Em 2008 o Governo estabeleceu, através do Dec-Lei nº. 114/2008, o novo quadro de competências na área da Educação e determinou que essas transferências só se poderiam efectuar se os Municípios já possuíssem CARTA EDUCATIVA.
Manda o bom senso que a verdade seja reposta, quando as dúvidas se tenham dissipado e foi graças à acção atempada do anterior Executivo que Campo Maior foi dos primeiros Concelhos do País a dispor de Carta Educativa, apesar de se saber que a sua implementação acarretaria elevadíssimos custos para o orçamento Municipal.
A Carta Educativa previa a construção de um Centro Escolar de raiz para receber toda a população escolar até ao 3º. Ciclo, desactivando-se as actuais Escolas Primárias e o Ciclo.
Em 2010, o Executivo que precedeu a João Burrica, encabeçado por Ricardo Pinheiro, deliberou por maioria com a abstenção da oposição, adjudicar a elaboração dos Projectos necessários para a construção do novo Centro Escolar. É de lamentar que na votação da proposta, a oposição se tenha abstido apesar de concordarem, pois se existe Carta Educativa, esse documento só foi possível por acção de João Burrica, o que tornou aquela votação uma atitude incompreensível.
O novo Centro Educativo já é uma realidade e vai servir uma população escolar perto dos 900 alunos, distribuídos por 39 salas, além de todas as restantes infra-estruturas que as complementa. Trata-se de um investimento que tem sido suportado por verbas provenientes do QREN, através do PORA-CIMAA, no qual o Município, no seu Eixo III, detinha o valor elegível de 1,700,000,00 €, e ainda o regime de OverbooKing neste enquadramento, que disponibilizou fundos substanciais, mas como é óbvio, também implicou avultado fundos do Município.
O prazo de execução da Empreitada terminou no passado dia 31 de Agosto, uma vez que a Empresa Adjudicatária tinha em Junho, solicitado ao Município uma prorrogação de prazo de execução por mais quarenta e cinco dias, o que pressupõe que a Câmara tenha feito a recepção provisória da obra.
Para mal dos nossos pecados, nunca há uma bela sem senão, o imponderável surge, impedindo que o Centro Escolar possa ser utilizado por ainda não existirem as respectivas infra-estruturas, obras que só agora estão sendo iniciadas, quando o deveriam ter sido feitas, antes de se iniciar a sua construção. É o que se chama andar a carroça à frente dos Bois!
Como é possível proceder-se à construção deste equipamento e não terem, da mesma forma, construído os acessos e as condutas gerais de saneamento e abastecimento de água? Onde iriam ser ligados os esgotos e as águas dos Edifícios?
Nenhum MUNICÍPIO, nem a Lei dos Loteamentos Urbanos, permite a construção de Habitações e Loteamentos, sem que as infra-estruturas urbanísticas (arruamentos, passeios, electrificação, águas e saneamento) sejam aprovadas e construídas.
Os Municípios devem exercer as suas competências, mas devem igualmente serem os primeiros a dar o exemplo, cumprindo com os seus deveres, tal como exigem que os Munícipes os cumpram, e estes se o não fizerem sujeitam-se às penalizações contidas na legislação e nos regulamentos.
O novo Centro Escolar e a Requalificação da Escola Secundária em curso, concentram num espaço delimitado, toda a População Escolar de Campo Maior, permite-nos afirmar que o nosso Concelho é um Oásis neste Alentejo tão esquecido.
Oxalá que o novo Centro Educativo abra no início do ano lectivo de 2014/2015, em toda a sua plenitude e com todas as suas valência, sem que haja necessidade de desenrascanços à Portuguesa.
Siripipi-Alentejano

Campo Maior, 24 de Setembro de 2014

2 comentários:

Anónimo disse...

Não se envergonha de não publicar os comentários aos seus posts??? Ou só publica os que concordam consigo ?? Então não vai publicar nenhuns.
Sabe porquê? Porque você escreve sem fundamento e por isso mais tarde ou mais cedo desaparecerá do mapa.....

siripipi alentejano disse...

Não' e meu hábito utilizar o lapis azul e que me lembre, só o fiz duas vezes, o primeiro porque atacava uma Figura que muito diz aos Campomaiorenses e o segundo foi o de V.Exª. que se esconde atràs de Anónimo, que no seu caso o torna um COBARDE por não dar a cara. Tudo o que escrevo é fundamentado e assumo a responsabilidade e se alguém, se sentisse no direito de responder, se eu não dissesse a verdade, seria o Senhor Presidente da Câmara. Reitero tudo o que escrevi neste artigo, fi-lo baseado nos conhecimentos que tenho sobre Empreitadas Públicas, uma ves que durante mais de 20 anos fui tresponsável pelos Serv. Adm. de um Munícipio deste Distrito. Continuarei a publicar comentários de Anónimos quando não façam ataques Pessoais ou queiram atingir Cidadãos que não possuem estas armas para se defenderem.