segunda-feira, 17 de setembro de 2012



COLIGAÇÃO GOVERNAMENTAL Á BEIRA DA CRISE

As medidas de Austeridade anunciadas pelo Governo após a reunião com a Troika, caíram como uma bomba no seio de toda a População, provocando uma onda de revolta generalizada, que contou com figuras destacadas da própria Coligação e com todos os Partidos da Oposição.
O Povo ordeiramente e sem a intervenção expressa das forças políticas, programaram manifestações a nível nacional, como forma de luta e reivindicação dos seus direitos, que juntou centenas de milhares de Portugueses.
As manifestações contra a austeridade tiveram um denominador comum: o sentimento de descrença dos Portugueses, que um ano e meio depois do início do programa de ajustamento, veem a crise com a mesma nitidez e que revela poucos sinais de esperança.
O futuro antevê-se assaz difícil e esta austeridade asfixia Portugal e não se vislumbram sinais de recuperação, os cidadãos perdem a esperança de saírem da crise.
Estas medidas de austeridade também têm sido repudiadas pelos grandes Empresários, por figuras gradas da cena política (Manuela Ferreira Leite, Marcelo Rebelo de Sousa, António Capucho, Bagão Félix, Bispos Portugueses, etc, e mesmo por militantes e deputados da Coligação.
António Capucho afirmou que este Primeiro-Ministro está a conduzir o País ao “abismo”, é uma dura crítica a Passos Coelho vinda de um antigo secretário-geral do PSD. Desta vez, solta-se a voz de António Capucho, que defendeu, numa entrevista ao Jornal “I”, o afastamento de Passos Coelho do poder, em paralelo com a criação de um “GOVERNO DE SALVAÇÃO NACIONAL” sem a presença do atual primeiro-ministro.
“Os cortes nos salários nesta forma tão violenta só agravam a situação: a economia vai continuar a definhar e o emprego vai progredir negativamente” aponta António Capucho àquele Jornal e acrescenta: perante um Orçamento de Estado que considera negativo, Cavaco Silva deve usar o seu poder de veto, conferido pelo fato de ser Presidente da República.
No entanto um chumbo do Orçamento colocaria Portugal perante uma crise política! A vida dos Portugueses em 2013, sem Orçamento teria que viver em gestão por duodécimos, o que complicaria mais a nossa vida.
Uma das soluções seria a formação do Governo de Salvação Nacional e Passos Coelho deve sair da cena política, esse Governo deveria integrar uma figura diferente, que estivesse disponível para ter um caminho diferente e a experiência necessária para o poder implementar.
As pressões no seio do PSD/PPD avolumaram-se, numa altura em que surgem sinais de rutura na coligação, basta ter em conta a intervenção de Paulo Portas no encerramento do Conselho Nacional do CDS/PP.
Passos Coelho deveria já ter reagido à posição de Paulo Portas, que revelou ter-se sentido obrigado a aceitar a taxa social única, para evitar uma crise política.
Portugal caminha como um barco sem timoneiro, desgovernado e sem rumo, navegando ao sabor das ondas. Como descendentes dos bravos Navegadores que deram Mundos ao Mundo, esperamos novamente poder passar o Cabo do Bojador, descobrindo uma nova forma de salvar Portugal.
Campo Maior, 17 de Setembro de 2012
Siripipi-alentejano


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