terça-feira, 13 de julho de 2010

É TEMPO DE BALANÇO!...

Há meses escrevi um artigo que intitulei de “Dicas para o novo Presidente da Câmara” e afirmei que o surgimento de uma nova equipa nos desígnios Municipais seria um rosário de esperança e de sonhos que nos envolvia a todos, alguns desses sonhos transformar-se-iam em realidade, outros, infelizmente, nunca iriam concretizar-se, no entanto, a esperança que o Presidente Ricardo Pinheiro nos incutiu, continua a manter-se viva.
Passados 100 dias da sua posse, num outro trabalho, afirmei que este espaço de tempo deu indicações do que iria ser a gestão da Autarquia, apesar de ser muito cedo para que o seu programa eleitoral pudesse ser implementado, contudo, nalgumas áreas já era visível a mão do novo Presidente.
É de novo a altura ideal para nos debruçarmos sobre qual foi o grau de execução do Plano de Actividades, fazendo uma análise das acções desenvolvidas, das dificuldades encontradas (endividamento, pesada herança e acordos ruinosos), estes e outros factos têm inibido e até manietado a vontade do actual Presidente da Câmara.
Antes do acto eleitoral, Ricardo Pinheiro apresentou e defendeu o seu programa eleitoral e definiu os objectivos a atingir e as respectivas linhas de acção, contudo, para essa implementação era necessário ter dinheiro e esse vil metal ainda não surgiu nos cofres do Município.
O seu primeiro orçamento e plano de actividades (18.847.869,00 €), em minha opinião, foi arrojado tendo em conta as limitações financeiras que dispunha. A nossa Autarquia dispôs nos últimos 3 anos das seguintes verbas: 2009 (9.213.884,09 €); 2008 (8.663.166,00 €) e 2007 (7.618.182,00 €). Há mais um dado que importa referir, as Receitas provenientes da Lei das Finanças Locais não sofrem aumentos desde 2006 e em média o nosso Município não recebe mais do que 5.500.000-6.000.000 €) por ano.
Face a estes números, onde poderá ir-se buscar o resto da Receita, sabe-se igualmente que as Receitas próprias (+/- 1.300.000 €) são diminutas, os Impostos Directos (+/- 1.000.000) e as verbas transferidas do Ministério da Educação face às novas competências não vão além de 450.000 €, para o valor do orçamento ainda são necessários mais 9.500.000 €.
Perante este números verificamos que as Despesas Correntes de 2009 atingiram 7.022.987,39 €, cabendo às despesas de Pessoal 4.168.334,00 € e à aquisição de bens e serviços 2.119.896,42 €. As Despesas de Capital limitaram-se a 2.119.896,42 €. Estas são despesas mais ou menos obrigatórias, o que só por si condiciona a acção do Gestor Municipal e o inibe de dar cumprimento ao Plano de Actividades aprovado pela Assembleia Municipal.
Esta é uma situação assaz difícil e a prova é o conteúdo do Boletim Municipal de Junho que nos elucida em parte das dificuldades porque passa o nosso Presidente. A pesada herança está a fazer-se sentir, mas é necessário que informe a população da verdade e responsabilize os verdadeiros culpados. Há compromissos assumidos pelo anterior Executivo, que infelizmente têm que ser cumpridos, todavia, se houve gestão danosa devem-se punir os culpados.
Enquanto persistirem estes problemas, Ricardo Pinheiro não pode implementar as obras de fundo do seu programa e continuará, contra a sua vontade, a desenvolver trabalhos de conservação, manutenção e de dignificação da imagem de Campo Maior.
Certamente que melhores dias virão e Campo Maior irá ter a resposta para a esperança que foi a sua eleição.
Roma e Pavia não se fizeram num dia e o seu Mandato ainda vai no princípio.
Campo Maior, 13 de Julho de 2010
Siripipi-alentejano

8 comentários:

Anónimo disse...

Essa das pesadas heranças já são tradição no país. Já passámos por governos a pedirem auditorias, para que chegasse ao défice real do país, nos momentos em que muda de governo. Porque acho estranho que os candidatos a determinados
cargos públicos, governo, poder autarquico etc, não tenham conhecimento prévio, do estado financeiro, que vão encontrar.
Os programas são todos muito bonitos. Isto lembra as familias que sonham com casas, carros para todos os seus membros e outros luxos, para os quais os seus rendimentos ficam muito aquem.
É preciso trabalhar e deixar de falar constantemente no passado, esse é para esquecer. Governar com muito dinheiro é fácil, os bons gestores vêm-se nas dificuldades.

Anónimo disse...

Sr. Siripipi,
Conversas e promessas levas o vento!
E o povo português o que mais farto está, é de promessas falhadas e não concretizadas!
Tenho pena e sinto tristeza, de como se encontra o país e também a nossa bela terra.
Mas há uma coisa que eu sei!
Que nenhum politico que esteve no poder, tanto antes como depois teve culpa do estado em que estamos, todos lutaram e sacrificaram-se pelo seu próprio bem estar!!

Anónimo disse...

Pelo que tenho lido e ouvido quando me desloco a campo maior, o meu balanço não é tão positivo como o do senhor.
Tenho lido muita coisa que o senhor escreve, parece-me que é conhecedor da legislação, poderia dizer-me se o critério para a escolha de um chefe de Divisão é a percentagem de álcool no sangue? Se é esse o critério a escolha não poderia ter sido melhor, pois quem apresenta este rácio mais elevado é o recentemente nomeado chefe da divisão de obras. Muito estranho esta escolha pois toda a gente sabe que há uma relação inversa entre a percentagem de álcool no sangue e a capacidade intelectual, de discernimento e na relação inter-pessoal.
Um chefe de divisão alcoolizado que anda toda a manhã caminho dos bares e cafés e ao regressar ninguém se lhe pode aproximar pois, além do cheiro a álcool, o mau humor e a falta de educação, podem resultar em incidentes graves, tudo isto impede o normal funcionamento dos serviços. Está criado assim um clima de terror, insegurança e, desmotivação, pois as pessoas sentem que não vale a pena serem bons funcionários tendo um chefe de divisão que não contacta directamente com eles e dá um mau exemplo, não reunindo condições para uma avaliação coerente dos seus subordinados.
Fiquei a saber ainda que, como o tal chefe de Divisão com Barbas não contacta directamente com os funcionários, nomeou outro chefe (Cabeça de Turco) para comunicar e transmitir as ordens e este por sua vez escolheu a amiga do coração (Amante) do chefe de divisão com barbas para assessora.
Estes três senhores criaram a socapa um clima de terror e de perseguição no local de trabalho, não sei se são muitos os funcionários nesse espaço o que sei é que ninguém merece trabalhar num clima destes, porque o presidente, segundo o que as mesmas pessoas comentam, é um trabalhador e uma pessoa séria, e que não compactua com esse tipo de situações. Mas como aparece tal pessoa nesse cargo? E porque não se queixam directamente ao presidente?
Gostaria que escreve-se qualquer coisa deste tema pois não só de assuntos económicos vivem as pessoas.

siripipi alentejano disse...

Ao Anónimo das 20H07.
Não gosto de ficar as pessoas sem resposta, mas antes de lhe falar sobre a nomeação do aludido Chefe de Divisão, pretendo dizer-lhe que no me post não faço um balanço positivo destes primeiros oito meses, o que pretendo dar a conhecer é as dificuldades que o actual Executivo e as razões porque a sua acção tem sido quase nula.
Quanto à referida nomeação existe legislação própria e uma das principais condições, para ser nomeado, é ser Técnico Superior e possuir mais de três anos de serviço, contudo, em relação à nomeação para Chefes de Divisão Administrativa e Financeira existe uma outra área de recrutamento quando ainda existirem, refiro-me aos antigos fincionários do Quadro Geral Administrativo do Ministério da Administração Internas, então designados por Assessores Autárquicos.
Relativamente à pessoa em questão, quem sou para emitir qualquer opinião, nem o devo fazer. O Presidente ao nomeá-lo deve ter cumprido o que a legislação determina e deve ter ouvido os seus assessores. O comportamento de qualquer superior deve ser objecto, por parte do Executivo, de uma apreciação contínua, as Chefias devem acima de tudo serem um exemplo, todavia, sou apologista de um dito popular: "Para mandar, primeiro tem que saber obedecer".
Finalmente, pelos seus conhecimentos e a forma como os expõe, dúvido que seja alguém que venha a Campo Maior de tempos a tempos, o que e como o refere é de alguém que aqui reside e que tem conhecimentos do que se passa.
Para bom entendedor uma só palavra basta.
Cumprimentos
Siripipi-alentejano

Anónimo disse...

ao anonimo de 15 de Julho de 2010 20:07, deves tar bebado, ou então deves ser a unica pessoa que toda a gente sabe quem é que esta contra este chefe de divisão... clima de terror? so da vontade de rir,não se pode falar com o chefe de divisão? se calhar é porque não tenta, porque é uma pessoa que esta sempre disposto a ouvir e pronto a ajudar.

a com cada um..................

Anónimo disse...

Fiquei enojado com o comentário do anónimo do dia 15 20:07.
Como é possivel que um individuo possa cair tão baixo ao fazer as afirmações tão mentirosas.
Conheço muito bem o sr chefe de Divisão a que o sr fáz referência e quero dizer-lhe que é dos técnicos mais competentes que o Municipio tem no seu quadro.
Para o executivo o ter escolhido concerteza que nestes meses verificou que o sector de obras não podia continuar como estava e a escolha não podia ser a melhor.
Deixe que lhe diga não sou funcionário público, mas segui durante muitos anos o trabalho realizado pelo Eng. Barbas na autarquia e o mal do Burrica foi ter colocado de parte o melhor técnico que a artarquia tinha.
Será que exigir competências e trabalho é criar terror.
Será que não deixar abandalhar os processos é terror.
Pois os Municipes não podem estar anos à espera que os técnicos deem um parecer às pinguinhas.
Muito mais teria para dizer mas fico por aqui.

Anónimo disse...

Anónimo das 20h07, è uma veregonha que de forma tão cobarde insultes um técnico capaz, competente e sempre sisponivel a ajudar os que trabalham. É óbvio que deves ser um daqueles parasitas que estão abobertados por um contrato que julgas vitalicio na função pública e que não gostas e quem te poder mexer na tua quintinha. É por individuos como tu que a função pública està desacreditada, è por pàrias como tu que os quadros têm de ser reduzidos.
Se tens algocontra o homem, sê corajosa e sério vai dizer-lho na cara.

Anónimo disse...

Ái ái, Sr. Anónimo de 15 de Julho de 2010 20:07, depois queixa-se de ser posto de parte e de ser preso político.