sexta-feira, 1 de agosto de 2014


ACTO DE CONTRIÇÃO
Haverá porventura alguém na vida, que não se tenha arrependido de algo errado que cometeu, e em consciência analise esses erros, e arrepender-se ao fazer um acto de contrição?
Julgo que o mais comum dos mortais já passou por essas situações, relevar os nossos erros mediante um exercício de pensamento, é uma forma salutar e digna de dar a volta ao que está supostamente errado.
Na vida de cada um e na Política, confrontamo-nos com estas situações e depois de em consciência, numa análise fria e isenta, reconhecer que estamos errados, é a prova de que estamos lúcidos e que conferimos o benefício da dúvida aos que estavam mais certos do que nós. O ser humano, com os pés bem assentes na Terra, deve proceder assim.
Resolvi nesta introdução ao tema em epígrafe, divagar um pouco como se de um aperitivo se tratasse para um bom repasto, a verdade é que o período que o Mundo e os Portugueses estão atravessando, tornaram-se num manancial de informação, por vezes bastante explosiva, que nos surge minuto a minuto e que transforma o Mundo num Barril de Pólvora à beira de explodir.
A Paz, a Harmonia, a Solidariedade, deixaram de ser metas a atingir, para se tornarem num labirinto difícil de ultrapassar, os Povos subjugados e dominados por usuários e pelos Senhores da Guerra impõem as suas vontades para poderem dominar o Mundo como eles querem.
Olhe-se para o Médio Oriente, para o Leste da Europa, para os Países Africanos possuidores de Ouro Preto e o que é que vemos? Guerras, Fome, Sofrimento, Miséria e os Senhores, esses mantêm o seu domínio espezinhando os seus Povos com um único objectivo, o seu bem-estar e a garantia de continuarem a dominar. Esses arautos do Poder gozam de imunidades porque os seus negócios vivem da exploração, da Guerra e da miséria dos Povo envolvidos.
Na Política passa-se a mesmíssima coisa, cada um puxa a brasa à sua Sardinha, ou seja propagandeia a seu belo prazer objectivos irreais e incapazes de serem atingidos, prometer é fácil, cumprir é extremamente mais difícil. O Povo com a sua simplicidade e com a sua pouca Cultura vai atrás desses vendedores de Banha da Cobra, iludindo-nos com fantasiosas ilusões.
Já alguma vez vimos um dos Políticos da nossa Praça, cumprir o que prometeu em Campanha Eleitoral? Se houver alguém a dizer que sim, tenho a certeza que de imediato a esmagadora maioria dos Portugueses diria que era mentira. Todos sabemos o que foi prometido pelo actual Governo em Campanha – não cortar vencimentos, não aumentar impostos, não despedir ninguém, acabar com o desemprego, etc, - Cumpriram? Não! São mentirosos compulsivos e nós Povo, somos os verdadeiros culpados por lhes consentirmos essas mentiras.
Esses Governantes já alguma vez reflectiram relativamente à forma como o Povo está vivendo e as dificuldades que passa, face à sua acção Governativa? Alguma vez esses iluminados da Política que estão no Poder e os que estão na Oposição já fizeram o seu ACTO DE CONTRIÇÃO?
A verdade é que eles sabem que o Acto de Contrição é um exercício de memória da sua acção como responsáveis e é uma forma de se penitenciarem pelos erros cometidos, e de afirmação de não cometimento dos mesmos no futuro.
Neste momento, há no nosso País muitas áreas onde os seus intervenientes devem fazer o seu Acto de Contrição antes de tomarem as suas decisões para bem de todo o Povo Português, recorda-se os casos BES, as Eleições Inter-Partidárias no PS, as Matérias Salariais da Função Pública, Pensões e Reformas, os assuntos em análise no TC, etc a nível Nacional e há igualmente a necessidade do Governo ponderar as suas posições em matérias internacionais de que esteja em jogo a vida dos Portugueses.
Por tudo isto, qualquer decisão que um decisor deva tomar em prol da Comunidade nunca deve ser tomada sem o competente Acto de Contrição.
Siripipi-Alentejano
Campo Maior, 1 de Agosto de 2014






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