terça-feira, 9 de novembro de 2010

CÃMARA DEVERIA CRIAR LOJA SOCIAL

Ontem no programa “Prós e Contras” da RTP 1, falou-se da intervenção social junto das populações carecidas e da acção que poderia ser desenvolvida nessa área, pelas autarquias, empresas, igreja e instituições particulares de solidariedade social.
As palavras proferidas pelo Presidente das Cáritas de Portalegre, despertaram em mim um sentimento de revolta face à existência de fome no nosso Distrito.
Será possível que os políticos que elegemos neste Distrito e que nos representam, ainda não se tenham apercebido desta calamidade e reivindicado junto do Governo, uma solução imediata para colmatar e erradicar a fome!.
A Lei das Autarquias Locais atribui aos Municípios competências no âmbito da intervenção social, dotando a participação destes em programas no domínio do combate à pobreza e à exclusão social.
Perante esta calamidade, as Autarquias deveriam promover medidas de carácter social que fossem direccionadas para a população mais carenciada, bem como respostas sociais que vão de encontro aos reais problemas dos seus Municípios.
Neste contexto difícil de crise socioeconómica, cujas consequências atingem as famílias mais vulneráveis, a criação de Lojas Sociais, poderão de alguma forma, atenuar dificuldades e necessidades imediatas, através da distribuição de bens de várias espécies.
A implementação de Lojas Sociais tem como principal finalidade ajudar todas as faixas etárias da população que estejam mais desprotegidas, criando sinergias entre os vários agentes envolvidos, para que os recursos possam ser potencializados. As Lojas Socais têm ainda como objectivo combater a pobreza através de apoios que assegurem a satisfação das necessidades das famílias, estimulando a sua participação e privilegiando o trabalho dos voluntários em colaboração com os parceiros locais.
No programa referido, o Comendador Rui Nabeiro e os outros intervenientes enumeraram algumas das acções desenvolvidas em matéria social e que poderia servir de exemplo para as Autarquias.
A crise que se vive poderá ser combatida com a solidariedade de todos e para isso, no distrito de Portalegre, as Autarquias deveriam criar em cada concelho, uma Loja Social e promover campanhas de angariação de bens.
No Baixo Alentejo já abriram algumas Lojas Sociais, é um exemplo que deveria ser seguido pelo nosso distrito, a essas Lojas compete-lhes garantir a eficácia da resposta social; assegurar o bem-estar dos beneficiários e o respeito pela sua dignidade, fomentando a participação de Voluntários na dinâmica da Loja Social; estimular o interesse e a participação, apelando à co-responsabilização de quem dela beneficia.
Vamos ser solidários, unamo-nos e vamos contribuir para que a fome seja erradicada do nosso Distrito. Oxalá que Campo Maior possa ser o primeiro Concelho do Distrito a criar a sua LOJA SOCIAL.
Siripipi-alentejano


9 comentários:

Maria disse...

Quanto se gastou no almoço dos avós?
Quanto se gasta em programas de divertimento que interessam a muito poucos?
Que prioridades estão definidas para gastar os poucos recursos da autarquia?
Não era preferível criar um programa de ajuda aos mais necessitados do que fazer almoços gigantes em que a maioria que lá vai até nem são necessitados?
Vamos ver o que vai acontecer nos próximos tempos:
- Almoço dos funcionários da câmara e respectivas famílias?
- Vestimentas e outros adereços para o Natal?
- Iluminações nas ruas?
Quanto custa tudo isto?
Por aqui não passa a crise, a autarquia está cheia de dinheiro para gastar em fantasias que não ajudam ninguém?

Anónimo disse...

Estou de acordo com a Loja Social.
Mas para que servem as instituições de solidariedade social, como a Santa Casa, Curpi, Casa do Povo.
Só tenho conhecimento de uma instituição ligada á igreja S. Vicente Paulo que tem a preocupação de distribuir pequenos cabazes a familias carenciadas.
O nosso executivo ao entregar os subsidios a estas instituições exija delas que cumpram o que está estabelecido nos seus estatutos. Cumpram com as suas responsabilidades junto das comunidades e parem com tantas festas e almoçaradas.

Anónimo disse...

A ideia em si é boa. Mas, e há sempre um "mas" nestas coisas. Seriam de facto os verdadeiros necessitados, a pobreza envergonhada, a beneficiar da ideia. Desculpem dizer, mas assumo que não gosto nada dos ciganos, e nada me leva a duvidar, que esses eram os primeiros beneficiários, apesar dos elevados subsidios que recebem. E a Câmara que tanto se lamenta da falta de dinheiro, achou que um ivestimento em 73.000 euros para apetrechar o Centro Cultural,de um sistema de projecção em 3D, era um bem de primeira necessidade. Pois é, quando se cospe para o ar, estamos sujeitos a que esse cuspo nos venha a cair em cima.

Anónimo disse...

Sucumbir, assim não …

E não são os Outonos que nos mascaram sorrisos de vergonha nestes prós-prós, inventando contras de nadas, mas prós cheios de tédio delirantes de mediocridade histérica.

Nas barricadas da vaidade, a doutora Estoril na sua toilette parisiense, falava, falava… dos pobrezinhos; das profundas e necessárias alterações laborais; dos desempregados que não querem trabalhar, ao melhor estilo do portas dos submarinos.

O Sr. Montepio que sim, que sim…que agora depois deste programa da dona Fátima, a coisa ia endireitar; estava muito optimista, mesmo muito optimista que a crise – talvez por milagre extático - deixaria de sê-lo.

O D. Azevedo defensor e rico propulsor da rica igreja, dos ricos cardeais do eterno poderoso Santo Papa, presenteava-nos com a sua homilia financeira a pedir, a pedir, para os eternos pobrezinhos, tão verdadeiro, como na mentira mil vezes propagandeada na comunicação reverendíssima , para nos fazer crer que foram os milhares de euros dos empresários beneméritos, que pagaram o luxuoso palco do Terreiro do Paço.

E mesmo em frente, do frente a frente… o Sérginho – que todos auguravam um futuro brilhante no jornalismo – aparece-nos agora mascarado de pantomineiro como presidente duma qualquer fundação da EDP, a explicar e defender igualmente a esmola duma sopa para os pobrezinhos, desde que sejam estes a cavar e fabricar localmente as batatas, e hortaliças.

No meio - como se vê, nem sempre o meio é a virtude – aparece-nos a pujante, sorridente, e rica senhora Gulbenkian, que de tanto falar ; bater os tacões , apontar o dedo a ordenar á dona Fátima a sua vontade de continuar a sorrir; a sorrir; a dizer banalidades sorrindo; sorrindo banalidades, pobres banalidades mas sorrindo , imitando no melhor triste estilo, as celebérrimas senhoras do Movimento Nacional Feminino.

E por fim - como os últimos são sempre os primeiros – o Nosso. O Nosso a quem a “CSucial” transformou no seu homem de mão, quando quer demonstrar ser benemeritamente democrática.
Os ricos, ricos, são assim; sempre o foram e serão ! De quando em vez apetece-lhe descer e misturar-se com o povo, para demonstrar-lhe que um pobre, pobre, se pode tornar rico trabalhando, ou vendendo-lhes milhões de ilusões em euromilhões !
E tal como fizeram – por exemplo - até há pouco tempo com o Eusébio, ou agora com o Ronaldo, ou em programas como o de ontem , para demonstrar o seu ascendente, e ficar bem patente que - por muito dinheiro que estes pobres–ricos tenham - não beberam chá em pequenino como eles, e confrontam-nos a falar para grandes audiências, e aí para supremo gáudio, orgulho, e posterior vingança anedótica , demonstram ao grande povo, na comiseração vocabular, a diferença do suposto “azul” do seu sangue.

E compreendendo até, que antes, esta comendadora ( ingenuidade ?) que lhe trouxe lucros avultados; alguma riqueza para a região; e por reflexo , á gente que nela labora, já não compreendo e custa-me ver e admitir como alentejano - não digo os assessores de imagem da empresa – mas que os seus familiares mais próximos, não o protejam – por vezes até localmente - e deixem expor cruamente neste circo de vaidade malévola, ao País , a dignidade da pessoa que tanta “riqueza” lhe proporciona.
Como diria Nemésio: … é que não há mesmo necessidade !

Bem ! … deixa-me ir até ao bar, beber uma “bejeca”, antes que os putos da escola mas arrebanhem todas com os seus pontos escolares . Não pasmem ! É verdade. Eu li.

portas.da.vila disse...

Não concordo com a criação de uma loja social!
Creio que em Campo Maior existem organismos suficientes de caridade.
Agora se os recursos e a sua actuação é a mais correcta, levanta-me muitas dúvidas!
Como foi referido acima, também quero ver se este ano o jantar de Natal da Camara e a iluminação superam o do ano anterior, porque existe dinheiro, porque existe obra para mostrar e calar algumas bocas!
Desejo e espero que o desleixo e a suberba não se apodere do nosso executivo, e olhe para os numeros e não deixe a camara mais fálida do que a encontrou!

s.joao baptista disse...

Em Campo Maior devia-se fazer o contrário do que faz o Governo.
Acabar com as grandes obras e acabar com os tachos p os amigos, e acima de tudo reduzir o pessoal, pois só a ssim a camara recupera financeiramente, permitindo abdicar de certas taxas, que penalizam o dia a dia dos seus municipes.
Logo a loja de solidariedadenão faz sentido.

Anónimo disse...

A ideia de uma loja social é bastante pertinente para o momento actual que vivemos. Mas mais importante é tratar o problema “ social “ desde a raiz, que começa num problema “ cultural “.

Sou consciente que no nosso distrito e em Campo Maior existem pessoas carenciadas e com muitas necessidades, infelizmente muitas delas vitimas do sistema social criado ao longo de anos.

Mas também no nosso dia-a-dia cruzamo-nos com pessoas sem trabalho, sem dinheiro para os bens de primeira necessidade que abdicam muitas vezes de uma refeição para utilizar bens supérfluos.

Para muitos municípios os projectos culturais passam por festas e actuações que consomem muitos recursos dos nossos impostos, que servem para alegrar e esquecer um pouco a realidade do momento.

A “cultura” não são apenas estas festas e manifestações de sabedoria e criatividade, a cultura deve ter como ponto de partida as práticas de acção social para o momento actual, cultura são a crença, comportamentos, valores institucionais, regras morais que nos identificam numa sociedade.

Sempre vamos ter problemas sociais, mas na realidade têm quase sempre origem em falhas culturais, basta olharmos no nosso dia-a-dia, para as pessoas que nos rodeiam.
De facto é muito mais fácil dar o pão do que ensina-lo a fazer. Creio que esta na altura de ajudar realmente as pessoas, mas para poderem agir e pensar por si próprias.

No nosso município esta loja deve ser uma prioridade pois creio que a médio prazo vamos ter problemas sociais gravíssimos com origem nos culturais. Cada vez é mais notável a diferenciação entre pessoas criadas pela falta de coerência de muitas. Muitas fazem caridade sem se saber o que isso significa, erguem bandeiras sem saber o que representam.

A loja social é uma grande ideia, mas apenas desejo que não seja mais um organismo de caridade que atenue problemas actuais, e sim dê inicio a uma alteração cultural\social junto de todos nós para que num futuro se preste apoio aos que realmente precisam.

Anónimo disse...

A opinião de um cidadão, conta bastante mas antes de escreverem determinados comentários deveriam visitar as Instituições que acusa de receberem subsidios, e não ajudar os que precisam. Meu caro amigo anónimo apareça nessas Instituições e vai ver que o seu comentário, é de uma pessoa muito mal informada.
Anselmina

Anónimo disse...

Siripipi é uma ave que devia voar mais, presa que está a esta gaiola, voe e veja que no distrito já há lojas sociais, em funcionamento. Como diria Orson Wells, "há mais mundos"!