segunda-feira, 30 de julho de 2012

A AMIZADE NA DOENÇA


A saúde e a amizade devem permanentemente integrar a vida de cada um. É nos momentos mais difíceis da nossa vida, especialmente na doença ou na perda de um ente querido, que esse bem nos conforta, alivia a dor, ajudando-nos numa recuperação mais rápida.
Durante seis anos, por insuficiência renal submeti-me a tratamento de hemodiálise, três vezes por semana, o que limitou e de que maneira toda a minha vida, mas sempre com uma ténue esperança que um dia aparecia um Rim compatível e pudesse ser passível de transplante, apesar da lista de espera contar com alguns milhares de candidatos.
A verdade é que além da família, os amigos também estavam preocupados e apoiaram-me na doença, deram-me esperança e força para percorrer esta via-sacra.
Felizmente, na madrugada de 4 de Dezembro de 2011, os Hospitais da Universidade de Coimbra informaram-me que tinha um Rim compatível e que me apresentasse com a máxima urgência para ser transplantado. Nesse dia, pelas quinze horas, fui submetido, com êxito, ao respetivo transplante e hoje, passado seis meses de acompanhamento pós-transplantado foi-me dada alta, o que pressupõe fazer uma vida normal, mas com alguns cuidados.
Na verdade, o Siripipi Alentejano, fez uma pausa e hoje reapareço com forças redobradas, mas antes de começar a Postar sobre outros temas, quero agradecer a todos os que se interessaram pela minha saúde, especialmente alguns Bloguista e a generalidade dos amigos, deixando-lhes um texto que escrevi em Dezembro de 1991 num almoço do Grupo de Amigos dos anos 60, que igualmente vos dedico com simpatia e amizade.
Bem-haja
RECORDANDO…RECORDANDO…RECORDANDO…Se há momentos do nosso passado que queremos recordar, é sem dúvida a nossa juventude a que mais se impõe.
É nela que pretendemos rever-nos! É nela que imputamos muito do que não somos e queríamos ter sido!
Foi nela que nasceu as nossas primeiras ambições e em quem também residiu as nossas primeiras frustrações!
Os tempos mudaram, crescemos, fizemo-nos homens, os nossos caminhos por imperativos da vida dividiram-se, todavia, a nossa amizade perdurou.
Hoje mais do que ontem, gostamos de recordar o nosso passado…recordar é viver… é nesse recordar que reside a essência do nosso encontro anual. É nesse encontro que regressamos a esse passado recente, é nesse momento que a nossa alegria explode, que deixamos de ser o que hoje somos e momentaneamente passamos a ser o que éramos ontem! São as noites dos anos 60 que voltam, são as nossas alegrias que se revivem, são os desentendimentos de então que lembramos e que mais nos faz unir.
É um sem fim de factos que cada ano nos obriga na realização de outros encontros. É uma vivência sã, desinibida, própria de que defende que a AMIZADE é um dom sobre natural, que é um símbolo próprio dos que se respeitam e pugnam por este ideário.
Tiago Veríssimo




5 comentários:

João Semiao disse...

Atle-Com um abraço e votos de que a tua saúde continue a melhorar.
-Saudo tambem o teu regresso à NET.

Garcia disse...

meu amigo, não sabia do seu estado de saúde, agora é que soube, ainda bem que correu tudo bem, estou muito contente, uma boa recuperação é o que te desejo do fundo do coração, eu já te tinha estranhado da tua ausencia, mas nunca pensei que fosse problema de saude, um grande abraço e força que vai correr tudo bem

C.Caç. 3413 disse...

Força amigo Veríssimo. Uma boa recuperação e longos anos de vida, com boa Saúde. Um abraço. Mário Mendes.

António Carrilho disse...

Caro Amigo "Anos 60".
Sómente hoje, por motivos de opurtunidade, é que li o post. Não quero deixar nem um segundo, sem saudar o teu regresso ao "Siripipi Alentejano", saudando também a evocação, que já conhecia, através de um texto escrito para o nosso GRUPO.
Um forte abraço,
Ant+onio Carrilho.

rosa disse...

Tiago, não sabia que tinhas passado por esse problema de saúde, e que tinhas feito transplante renal em 2011. Fico feliz que o pior já seja passado e não volte...
Nesse mesmo ano eu padecia dum tumor maligno intestinal, fui operada e aqui estou, na graça de Deus tentando ir para diante, e vivendo um dia de cada vez, sempre na esperança de viver, pois nada é mais importante que a vida. As pessoas que passam experiências como as nossas, ficam com um olhar diferente em relação às pequenas coisas e que de tão pequenas serem deixam de ter tanta importância, para darem esse lugar a outras, que então nos passavam ao lado. Talvez este problema tenha proporcionado esta nossa aproximação, que inesperada nos surgiu. Deus escreve a direito por linhas tortas'' Há que sabermos ler nessas linhas tortas. Bem- Hajas tudo de bom para ti e os teus são meus desejos, estou feliz que a tempestade já esteja longe de nós... Rosa Dias