quinta-feira, 31 de março de 2011

BASTA...É Tempo de Agir!

Não há muito tempo que escrevi sobre a “Insegurança em Campo Maior” e hoje, como cidadão livre de um País que se diz Democrático, quero exercer um direito que me assiste, manifestar o meu desagrado e apelar ao bom senso dos meus conterrâneos e dos que detêm o poder, para que de uma vez por todas erradiquem da nossa Terra, os inimigos do alheio, os que recebendo todos os subsídios (reintegração e rendimento mínimo) sem nunca terem trabalhado e roubando indiscriminadamente, vivem muito melhor dos que sempre pagaram os seus Impostos e auferem salários baixos ou reformas de miséria. Como é possível, apesar das denúncias quase diárias, se mantenha esta situação, os habitantes do CONDOMÍNIO DO MÁRTIR SANTO, que não é mais do que um GUETO, continuam a devanear-se a seu belo prazer e até os Campomaiorenses seus vizinhos são os primeiros a sentir a sua acção devastadora, continuando imunes, impávidos e serenos. A última semana foi fértil, os roubos, assaltos e intromissão em casas alheias foi o dia-a-dia, hoje já não podemos, como antigamente, ficar a porta aberta, pois estamos sujeitos a que um desses amigos do alheio entre por ali fora sem pedir autorização, há quem nas Portas da Vila tenha vivido uma dessas situação, igualmente um nosso conterrânea que habita junto do GUETO, ausente por intervenção cirúrgica, foi assaltado pelo telhado e para entrarem partiram a placa, o mesmo sucedeu numa oficina sita na Cerca, até os agricultores têm sido despojados de milhares de metros de fio de cobre que são queimados naquele Condomínio, como demonstra o fumo negro que dali sai. Os problemas criados pelos Cidadãos de Etnia Cigana ali residentes tem sido objecto de muitas queixas por parte das gentes que habitam naquela zona da Vila. A Câmara Municipal tem desenvolvido algumas acções junto do Governo para por cobro a tais situações, todavia, nada foi feito e cada vez vai sendo pior. Esses Cidadãos gozam, nos termos constitucionais, dos mesmos direitos e deveres que os restantes e como tal dever-se-iam integrar na sociedade, respeitando as regras que nos estão impostas, infelizmente, isso não sucede porque continuam a fazer o que lhes apetece sem que as Autoridades exerçam o seu poder. É tempo de todos os Cidadãos serem tratados da mesma maneira, uma vez que as Leis se aplicam a todos ou será que essas Autoridades têm medo deles ou recebem ordens específicas? Porque é que um Cidadão que paga os seus Impostos, que cumpre as regras que lhe são impostas prevarica é punido e eles estacionam, conduzem sem carta, sem seguros e com carros degradados, não são fiscalizados e multados? Há um dado que não quero deixar de chamar a atenção do nosso Presidente da Câmara, porque será que em Arronches, Elvas, Borba, Vidigueira, Vila Viçosa não existem estes GUETOS? Os acampamentos foram proibidos e os cidadãos de Etnia Cigana que lá residem têm aí as suas origens e estão integrados na sociedade. A maioria desses Cidadãos aqui sediados vieram doutros Concelhos e fixaram-se aqui porque ninguém lhes faz mal, continuando imunes. É tempo dos Campomaioreses deixarem de ser um “Povo de Brandos Costumes”, de deixarem a passividade e unindo-se civicamente, manifestarem junto da Câmara Municipal a sua preocupação com a insegurança que se vive em Campo Maior e dizer em alto e bom som BASTA. Não se pretende que essa manifestação seja um acto xenófobo, mas sim um grito de alerta como precaução para situações piores que possam vir a acontecer. As Festas estão aí e há necessidade de proteger os milhares e milhares de visitantes que vão procurar Campo Maior e para tal é necessário desde já definir soluções urgentes para a erradicação dos residentes no Mártir Santo. Campo Maior, 31 de Março de 2011-03-31 Siripipi-alentejano

quinta-feira, 3 de março de 2011

APÓS INTERREGNO DE 7 ANOS VAMOS TER FESTAS DO POVO...

Em 1995 escrevia no “Noticias de Campo Maior” que após alguns anos de interregno (6 anos) Campo Maior voltava a ter as suas afamadas Festas do Povo.
No passado sábado, em cerimónia realizada no Centro Cultural foram anunciadas oficialmente, no Programa “Praça da Alegria” Portugal e o Mundo ficaram a saber que de 27 de Agosto a 4 de Setembro, durante oito dias, vai ter lugar uma enorme demonstração de cultura popular, própria dum Povo com raízes e história.
É uma verdade demasiadamente propalada. A beleza transmitida pela azáfama desenvolvida por todos os Campomaiorenses, ao longo de mais de sete meses de trabalho e que de uma noite para o dia, consegue transformar a nossa Vila num Jardim multicolor e paradisíaco, feito de milhões de flores e outros artefactos confeccionados em papel.
Nesse período, centenas de milhares de visitantes vão ficar deslumbrados com as maravilhosas ornamentações que se lhes deparam aos seus olhos e por vezes questionam-se: “Como é possível toda esta beleza! Como podem transformar o Papel num Mundo de realidades e tornar tão vivo o imaginário!”
Essa resposta está no coração e bairrismo de todos os Campomaiorenses e é fruto de uma herança advinda de geração em geração, que pretende preservar na intenção de igualmente poderem transmitir aos seus descendentes. Os nossos usos e costumes, as nossas tradições são um património cultural de grande valor, é a realidade de um Povo que labuta de dia e de noite mas que consegue, apesar do trabalho insano que desenvolve, criar esta maravilha quiçá só comparável aos afamados Jardins suspensos da Babilónia.
É difícil para qualquer Campomaiorense quantificar estatisticamente, quer em custos, horas de trabalho, quer a quantidade de materiais utilizados, no entanto sabe-se que para a produção de todos os artefactos, intervêm milhares de pessoas, jovens e velhos, diariamente ao serão e entre histórias e cantares, vão criando as ornamentações que vão deliciar quem nos visita.
As Festas aí estão, mas falar das Festas e não falar das “SAIAS”, era esquecer mais uma das mais importantes tradições dos Campomaiorenses, todos sabemos que são as Festas do Povo e o São Mateus os maiores eventos para esta manifestação da nossa Cultura, ninguém pode falar das Festas sem recordar com nostalgia os seus Bailes de Saias, as desgarradas e descantes.
Os trabalhos já se iniciaram, as Festas são uma realidade, nem mesmo a crise vai segurar o Povo da nossa Terra, é preciso que todos possamos trabalhar com denoto, é necessário ultrapassar alguns problemas que por ventura ainda existam e devemo-nos preparar para receber todos aqueles que nos vão honrar com a sua visita.
Campo Maior, durante as Festas, transformar-se-á numa PRIMAVERA fora do tempo. A hospitalidade, a alegria e o carinho que dedicamos aos nossos visitantes, são a expressão mediática da nossa forma de ser. A brancura das nossas casas que ressalta à vista de todos, não é só própria dos Campomaiorenses, é natural em todo o Alentejo, pois tratando-se de terra de pão, é também terra de brancura e amor.Campo Maio