terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

INSEGURANÇA EM CAMPO MAIOR

Já lá vai o tempo em que se podia sair e deixar a porta no trinco, o carro estacionado em qualquer lugar, voltar e encontrar tudo como foi deixado. Os tempos são outros e a conjuntura social e económica que se vive contribuíram para que os princípios éticos de então se tenham adulterado, o desemprego, a fome, os emigrantes dos países do Leste e alguns extractos de pobreza e exclusão social têm contribuído para que a insegurança seja uma das maiores preocupações de quem tem a responsabilidade de zelar pela segurança de pessoas e bens.
Campo Maior deixou de ser uma Vila pacífica e viu-se assolada por uma vaga de vandalismo urbano, roubos em viaturas, assaltos a residências em pleno dia, roubos por esticão e até furtando idosos que recebem as suas reformas.
Há zonas mais vulneráveis que outras e a principal são sem dúvida a parte envolvente do Mártir Santo, todos sabemos que há um grupo de jovens de etnia cigana que são os responsáveis pelos actos de vandalismo praticado nas viaturas que ali estacionam durante as celebrações religiosas nos funerais que entram no Convento.
A afirmação de que são ciganos é evidente e porquê? A evidência é o facto de muitos dos lesados terem recuperado os bens furtados, para isso deslocam-se ao Mártir Santo, por vezes acompanhados da Autoridade, e a troco de 50,00 € ou mais, são-lhe devolvidos os bens. Esta é a evidência!
Infelizmente é uma verdade que se constata e que se lamenta, pois as Autoridades perante este facto deveriam actuar e não o fazem.
São factos que nos levam de novo a ter que falar da comunidade cigana e da necessidade urgente da Autarquia ter que resolver o problema do seu realojamento.
Há um facto que não podemos descurar, a taxa de delitos cometidos por ciganos é maior do que a restante população. Porém não podemos afirmar que toda a comunidade cigana que aqui vive seja indisciplinada. À semelhança do resto da população, os ciganos também estão sujeitos a leis que “são para cumprir” e quando isso não acontece, têm que sofrer as consequências, como qualquer outro cidadão.
A segurança das pessoas e bens é um dever do Estado e um direito das populações. A nossa Câmara deverá preocupar-se com os actos de marginalidade que ultimamente se têm verificado e para tal deveria implementar ou criar, caso ainda não exista, um Conselho Municipal de Segurança que teria como principal objectivo promover a articulação, a troca de informações e a cooperação entre todas as entidades que estejam envolvidas na promoção dos objectivos de garantia de inserção social, na prevenção da marginalidade e na garantia de segurança e tranquilidade das pessoas.
Há necessidade de acabar com a insegurança, as Autoridades têm o dever de zelar, como lhes compete, pelos Cidadãos e não podem nem devem permitir que situações de extorsão tenham lugar nas suas barbas.
Campo Maior, 16 de Fevereiro de 2010
Siripipi-alentejano

11 comentários:

Anónimo disse...

A verdade é que as autoridades nada ou muito pouco podem fazer, nestes casos em que são pagas quantias em dinheiro para reaver objectos roubados, as autoridades não estão presentes, e por sinal e má vontade dos lesados, não fazem a queixa à autoridade.
Também há daqueles que não tendo receio de enfrentar os ciganos se desloquem ali para reaver as suas pertenças e são devolvidas porque os ciganos também têm um "buraco ao fundo das costas". Dá para entender?

Pois, se todos fizessem assim e lhes "alssassem" a mão, isto estava muito melhor.

Nós é que somos uns cag..os.

o alcaide do castelo disse...

o que o sr. diz é toda a verdade. são uns cobardes de serem roubados, ainda pagam a essa gente para terem o que é seu. eu penso que as pessoas não confiam na autoridade, que é muito negativo. tambem sei certas pessoas sabem e conhecem os gatunos e não fazem queixa... o que podem fazer a GNR. o povo parece que não têm dinheiro para pagar os advogados, eu penso o seguinte a Câmara e a GNR podiam fazer um sistema de segurança melhor para Campomaior, não é o caso presente.. um abraço

Anónimo disse...

Os ciganos tem intensificado os assaltos e roubos desde que lhe prometeram casa, e a longa espera desde a queda da muralha tem levado a uma onda dos mesmos sem memoria em Campo Maior!
Essas pessoas que prometeram casa e querem dar casa tem rosto!
O que não percebo é como não agem!!!
E falar nas forças de segurança, é triste.
Onde está a GNR quando é preciso? Quantas horas esperamos por eles?
Mas para mim a culpa é de quem prometeu e agora nem ata nem desata!!

sr. tino disse...

com total concordancia do que está publicado vou so esclarecer um pequeno ponto mas muito importante. "os ciganos tem que cumprir as leis" isso é uma grande verdade , mas se nos não a cumprirmos temos de pagar por multa, por desconto de ordenado ou coisas do jenero e eles é somente apresentar um atestado de pobreza que nem nada nem niguem os pode obrigar a proceder a respectivos pagamentos. todos nos sabemos que eles têm rendimentos e ainda não percebi por qual a causa de eles não serem igual a nos (pagar pelos erros e receber pelos feitos)isto é simplesmente a minha visão das coisas e já agora se lhes derem casas as familias ciganas certamente vão quintiplicar em campo maior(eu vou ser um)é muito facil selo basta andarmos constantemente fora da lei, fazermos o que nos apetece, morar por algum tempo numa barraca e temos o nosso problema resolvido.

ps:esquecime do rendimento minimo...
fica o esclerecimento para uns, a proposta para outros e a revolta para ninguem.

un de campo maior disse...

o que é realmente vergonhoso, sao os senhores da GNR que acompanhan essas pessoas ao Martir Santo para seren chantageadas. Essas pessoas deviam denunciar tanto os ciganos como os senhores "AGENTES DA LEI"

carlos disse...

querem organizar-se pra resolver o problema ?

Anónimo disse...

concordo plenamente...o problema chegou a um ponto que muito dificilmente terá retorno!

é muito mau que as autoridades sejam os primeiros a ter medo dos ciganos e tenham medo de ir ao mártir santo.
será que é preciso uma tropa de elite? um BOPE à portuguesa? espero que não e que não se voltem a repetir situações como as de um campomaiorense quando furtado vai apresentar queixa na GNR e os senhores guardas o aconselhem a falar com um senhor de etnia cigana, carapau de seu nome, e lhe entregarem quantias monetárias para que os seus bens sejam devolvidos!!

sr. onit disse...

ao anonimo das 22:57 deixo a seguinte inforamação, tanto tem sido esse tal carapau que o filho rouba e ele recupera (fica tudo em familia),como um SR. chamado ARNALDO que tem feito o mesmo e tenho a certeza que neste caso não existem factores familiares intereçados no assunto bem antes pelo contrario..... xau

Anónimo disse...

Ao haverem estes casos nas pequenas vilas, em que as forças da lei pactuam com o criminoso, logo, os casos Face Oculta e todos os outros que existem.
Ao existirem, tem de ser considerados normais!
Pois vivemos numa sociedade que vive do interesse próprio e da aldrabice.

carlos disse...

Todos protestamos e barafustamos.Sobretudo quando nos toca pla porta...
Fazer alguma coisa é que tá azedo.
Isto em Espanha ou mesmo cá mas mais a norte e já o problema tinha sido resolvido há que tmpos.

Anónimo disse...

O verdadeiro problema dos ciganos é apenas um: Prometeram e agora não conseguem cumprir!!
Não vale a pena atribuirem a culpa ao burrica, a GNR, ao rendimento minímo...
Foi um problema que se foi arrastando, o antigo presidente evitava, o actual assumui o problema e a sua resolução.Daí a revoltada destes e os roubos pois sabe que o presidente está com eles.
Pois é Presidente vai ter de lidar com eles, com os que tão contra eles, e com aqueles que o senhor acusa de não resolver o problema!

BOA SORTE