MUNICIPIO
DE CAMPO MAIOR
PREPARA
ORÇAMENTO PARTICIPATIVO
O Orçamentos Participativo
tem sido uma prática de algumas dezenas de Municípios, iniciada no mandato
anterior ao que está decorrendo, mas que não tem enquadramento legal nacional.
Os Municípios estão a contornar a situação criando regulamentos municipais específicos,
porque têm toda a liberdade para ouvir os seus munícipes e as propostas que
apresentam e depois assumir essas propostas no orçamento a elaborar.
O Orçamento Participativo
é uma prática que permite aos cidadãos de um Município participarem activamente
no processo de decisão dos investimentos públicos municipais.
Assim o Orçamento na sua
elaboração passa, deste modo, a ser partilhado pelos munícipes que são
convidados a participar sobre a definição de prioridades, nas mais diversas
áreas, como por exemplo: equipamentos sociais; projectos escolares; ordenamento
do território, vias de comunicação, entre outras.
Isto demonstra que se
trata de um compromisso político maior. O regulamento a elaborar tem que
vincular de acordo com as regras, uma maior transparência sobre todo o
processo. Importa perguntar, é se isto pode ou não ser uma política pública?
Vai ou não o Governo dar atenção a este assunto e colocá-lo na sua agenda
também como uma prioridade? Há ou não uma estratégia nacional para recuperar a
confiança dos cidadãos? E o Orçamento Participativo é uma porta para chegar aí?
Sozinho não se faz, mas é uma porta!
Um estudo publicado
recentemente afirma, que os cidadãos ajudaram a decidir na última década o
destino de aproximadamente de 40 milhões de euros em Orçamentos Participativos
co-decisórios, Entre 2002 e 2013 existiram 77 OP em igual número de Autarquias,
dos quais 46 de nível municipal (Campo Maior incluído), 19 promovidos por
Juntas de Freguesia.
Em 2013 encontravam-se
activas apenas 17 iniciativas do género, um número mesmo assim considerado “significativo”,
porque normalmente nos anos de eleições os OP são suspensos. Esta análise
revela que Portugal se destaca como um dos Países Europeus com mais alta
densidade de OP.
O nosso Município vai
retomar esta prática e já agendou duas reuniões convidando os Munícipes de
Degolados numa primeira reunião e os de Campo Maior numa segunda reunião a ter
lugar no Centro Cultural para se pronunciarem, discutir e definirem prioridades
para o OP de 2015.
A atitude deste Executivo
é a maneira mais correcta de aplicar um mecanismo de democracia participativa
em que o contributo de cada um é essencial para o futuro de Campo Maior.
As dificuldades financeiras
e a crise que vivemos leva-nos a crer que, tal como em nossa casa, também a
Câmara precisa de gerir o seu orçamento, controlar a despesas, rentabilizar
muito bem os seus recursos financeiros, sempre muito limitados, fazer face às
necessidades mais prementes num Concelho em crescimento, fazendo os melhores
investimentos, com uma gestão rigorosa, em prol do desenvolvimento.
É preciso que haja adesão
por parte da nossa população e que surjam ideias inovadoras que possam ser
aproveitadas, todavia, não se poderá deixar de ter em conta a necessidade de
respeitar a Lei dos Compromissos, ou seja, sem dinheiro disponível, o
investimento não pode arrancar.
O Orçamento de um
Município é um documento fundamental e vital para a vida de um Município. Os
Campomaiorenses esperam que o orçamento que vier a ser elaborado e aprovado
tenha um bom grau de execução.
Siripipi-Alentejano
Campo Maior, 7 de Outubro
de 2014
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