ACTO DE CONTRIÇÃO
Haverá
porventura alguém na vida, que não se tenha arrependido de algo errado que
cometeu, e em consciência analise esses erros, e arrepender-se ao fazer um acto
de contrição?
Julgo
que o mais comum dos mortais já passou por essas situações, relevar os nossos
erros mediante um exercício de pensamento, é uma forma salutar e digna de dar a
volta ao que está supostamente errado.
Na
vida de cada um e na Política, confrontamo-nos com estas situações e depois de
em consciência, numa análise fria e isenta, reconhecer que estamos errados, é a
prova de que estamos lúcidos e que conferimos o benefício da dúvida aos que
estavam mais certos do que nós. O ser humano, com os pés bem assentes na Terra,
deve proceder assim.
Resolvi
nesta introdução ao tema em epígrafe, divagar um pouco como se de um aperitivo
se tratasse para um bom repasto, a verdade é que o período que o Mundo e os Portugueses
estão atravessando, tornaram-se num manancial de informação, por vezes bastante
explosiva, que nos surge minuto a minuto e que transforma o Mundo num Barril de
Pólvora à beira de explodir.
A
Paz, a Harmonia, a Solidariedade, deixaram de ser metas a atingir, para se
tornarem num labirinto difícil de ultrapassar, os Povos subjugados e dominados
por usuários e pelos Senhores da Guerra impõem as suas vontades para poderem
dominar o Mundo como eles querem.
Olhe-se
para o Médio Oriente, para o Leste da Europa, para os Países Africanos
possuidores de Ouro Preto e o que é que vemos? Guerras, Fome, Sofrimento,
Miséria e os Senhores, esses mantêm o seu domínio espezinhando os seus Povos com
um único objectivo, o seu bem-estar e a garantia de continuarem a dominar.
Esses arautos do Poder gozam de imunidades porque os seus negócios vivem da
exploração, da Guerra e da miséria dos Povo envolvidos.
Na
Política passa-se a mesmíssima coisa, cada um puxa a brasa à sua Sardinha, ou
seja propagandeia a seu belo prazer objectivos irreais e incapazes de serem
atingidos, prometer é fácil, cumprir é extremamente mais difícil. O Povo com a
sua simplicidade e com a sua pouca Cultura vai atrás desses vendedores de Banha
da Cobra, iludindo-nos com fantasiosas ilusões.
Já
alguma vez vimos um dos Políticos da nossa Praça, cumprir o que prometeu em
Campanha Eleitoral? Se houver alguém a dizer que sim, tenho a certeza que de
imediato a esmagadora maioria dos Portugueses diria que era mentira. Todos sabemos
o que foi prometido pelo actual Governo em Campanha – não cortar vencimentos,
não aumentar impostos, não despedir ninguém, acabar com o desemprego, etc, -
Cumpriram? Não! São mentirosos compulsivos e nós Povo, somos os verdadeiros
culpados por lhes consentirmos essas mentiras.
Esses
Governantes já alguma vez reflectiram relativamente à forma como o Povo está
vivendo e as dificuldades que passa, face à sua acção Governativa? Alguma vez
esses iluminados da Política que estão no Poder e os que estão na Oposição já
fizeram o seu ACTO DE CONTRIÇÃO?
A
verdade é que eles sabem que o Acto de Contrição é um exercício de memória da
sua acção como responsáveis e é uma forma de se penitenciarem pelos erros
cometidos, e de afirmação de não cometimento dos mesmos no futuro.
Neste
momento, há no nosso País muitas áreas onde os seus intervenientes devem fazer
o seu Acto de Contrição antes de tomarem as suas decisões para bem de todo o
Povo Português, recorda-se os casos BES, as Eleições Inter-Partidárias no PS, as
Matérias Salariais da Função Pública, Pensões e Reformas, os assuntos em
análise no TC, etc a nível Nacional e há igualmente a necessidade do Governo
ponderar as suas posições em matérias internacionais de que esteja em jogo a
vida dos Portugueses.
Por
tudo isto, qualquer decisão que um decisor deva tomar em prol da Comunidade
nunca deve ser tomada sem o competente Acto de Contrição.
Siripipi-Alentejano
Campo
Maior, 1 de Agosto de 2014
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