TROIKA PARTE E A
AUSTERIDADE VAI CONTINUAR
Os Portugueses nestes três últimos anos
sofreram na pele as exigências da Troika, impostas pelo programa de assistência
financeira, acrescidas de outras medidas que o Governo quis implementar,
tornando-se mais Trokistas do que os senhores da Troika.
O Governo pretende no próximo dia 17 de
Maio reunir extraordinariamente o Conselho de Ministro para “festejarem” o fim
do programa de assistência financeira.
O que é que pretendem festejar? Sim,
é verdade, querem festejar a Pobreza, os Cortes de Salários, os Cortes de
Pensões e Reformas, enfim, festejarem a Miséria do nosso Povo, festejar o
Desemprego que cada vez é maior, festejar o êxodo da nossa Juventude que
procura no Estrangeiro, por os conhecimentos adquiridos nas nossas
Universidades, pagas por dinheiros públicos, ao serviço de outros Países.
Onde estão as perspectivas de
futuro? Serão estas pseudo perspectivas que estão a celebrar? Será que para
Passos Coelho e Paulo Portas é este o seu 25 de Abril? Não, isto é uma traição
aos Capitães de Abril.
A presença da Troika em Portugal,
nestes três últimos anos, foi um despudor, uma vergonha e um atentado à nossa
soberania e à nossa democracia.
Foram três anos a retalhar as
Famílias impondo-lhes a emigração, a retalhar empregos e serviços do Estado e
agora vem com palavrinhas mansas dizer que a recuperação já está em marcha, que
melhores dias vão vir, que vai já em 2015 repor salários, reformas e pensões
que já tinham sido espoliadas, que vai baixar o IRS.
O programa de assistência acaba, mas
os sacrifícios continuam. Já a partir de agora e no próximo ano, vamos ter uma
austeridade adicional de cinco mil milhões de euros. Ao mesmo tempo, ficamos a
saber por um membro do Governo que Portugal está na iminência de perder muitos
milhões de euros de fundos comunitários porque a Ministra das Finanças não
desbloqueia a contrapartida Nacional.
Portugal encontra-se numa situação
difícil, com a tragédia social que vive, com o fraco investimento que tem, não
pode perder aqueles cinco mil milhões de euros para investimentos, para
dinamizar a economia e criar postos de trabalho.
A DEO - Documento de
Estratégia Orçamental contém medidas que não são mais do que uma
tentativa para enganar os Portugueses, vêm aí mais cortes, mais austeridade,
mais encerramentos de Escolas, Centros de Saúde, Tribunais e redução de
Funcionários.
O Povo que tem sofrido e vai
continuar a sofrer com os devaneios destes politiqueiros, tem a obrigação de
começar a pensar a melhor forma de os substituir, todavia, a decisão que vierem
a tomar deve ser bem ponderada e não ir na conversa deles, quem neles votar,
não venham depois queixar-se.
Aproximam-se as Eleições para o
Parlamento Europeu, é a melhor altura para o Povo demonstrar o seu estado de
espírito, dando-lhes apoio ou penalizando-os com seu voto.
Portugal necessita de um Governo que
acabe com a austeridade, que implemente políticas económicas geradoras de
riqueza e de postos de trabalho e que acabe com as assimetrias sociais.
Siripipi-Alentejano
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