sábado, 19 de julho de 2014

INSEGURANÇA – ASSALTOS A HABITAÇÕES EM PLENO DIA
         A onda de assaltos a habitações continua e ontem foi a vez de ter sido eu o visado, em pleno dia, entre as 09H30 e a 13H00. Um dos amigos do alheio, dos muitos que existem em Campo Maior e que são sobejamente conhecidos, quer por nós cidadãos pacatos, quer pelas nossas Autoridades, a quem compete zelar pela nossa segurança pessoal e dos nossos bens.
         Entraram pelo quintal, vasculharam toda a habitação, abriram e despejaram gavetas e só levaram o ouro que existia, de valor elevado, não ligando a pratas, estanhos e outros bens. As Autoridades Locais recorreram aos serviços especiais que durante mais de 10 horas passaram tudo a pente fino e recolheram impressões digitais, que irão ser analisadas e comparadas pelos Serviços de Identificação, para posterior apresentação a Juízo, do verdadeiro responsável. Oxalá que seja ou sejam descobertos e até lá vai-se aguardando.
         A verdade é que eu tenho denunciado sistematicamente, desde há vários anos, neste Blogue, os problemas da Insegurança e dos Actos de Vandalismo que os Campomaiorenses têm sido sujeitos. Num artigo que escrevi em 24 de Julho de 2010 (faz 4 anos na próxima quinta-feira) que intitulei de “Em Campo Maior – Os Ciganos são Reis” referia:”A insegurança continua a ser um tema, o dia-a-dia dos Campomaiorenses e não se vê quando é que irão ser tomadas as medidas necessárias para erradicar, de uma vez por todas, da nossa comunidade, os principais culpados. Os verdadeiros obreiros dessa insegurança, apoderaram-se em 1995 do Mártir Santo, uma zona da Vila que deveria estar preservada por ser uma fonte monumental da nossa História, degradaram-na e fizeram dela um verdadeiro GUETO, onde esses delinquentes fazem o que bem querem sem que as Autoridades os punam. Os Ciganos em Campo Maior estão protegidos, tornaram-se verdadeiros Reis da Insegurança.”
         Tal como o artigo atrás referido, voltei ao assunto por diversas vezes (24/07/10; 21/02/11; 22/08/12; 27/11/12; 27/02/13; 7/10/13; 12/03/14 e 22/03/14), intervim ainda em sessões da Assembleia Municipal, apelei ao Presidentes de Câmara, uma vez que no tempo do anterior Autarca, existiram situações idênticas. Mas tudo continua na mesma e cada vez continuará a ser pior já que o produto dos assaltos são facilmente transportados para a vizinha Espanha e aí com alguma facilidade são transformados em dinheiro e o rasto desaparece, o que dificulta a acção das Autoridades.
         Ainda não há muito tempo que o nosso Presidente da Câmara, em comunicado distribuído pela População referia: os assaltos, as agressões, os actos de vandalismo, o ataque à propriedade pública e privadatêm sido o dia-a-dia os Campomaiorenses que se vêem obrigados a viver num constante estado de alerta e, sobretudo, a conviver com a inexplicável impunidade com tudo o que se vai passando” – fim de citação.
         Palavras são palavras e só estas não chegam, quando a liberdade e a segurança das Pessoas é posta em causa, é imperioso analisar a situação, equacionar os prós e contras e definir os objectivos para erradicar, de uma vez por todas, os autores dessa insegurança e do vandalismo.
         Campo Maior já foi uma Vila segura, hospitaleira, amiga do seu amigo, por vezes maus Madrasta do que Mãe, onde se vivia em paz e harmonia, não olhando para os que aqui se fixaram pela sua origem, religião, ideologia, raça, situação económica ou social. Todos eram bem-vindos quando vinham por bem e contribuíam para o bem-estar da nossa comunidade e para o progresso da nossa Terra.
         Conterrâneos, estamos a chegar ao ponto de saturação, a População está a ficar extremamente saturada perante a inépcia das Autoridades, a quem compete zelar pela nossa segurança, fiscalizar e actuar, não o fazendo a População de Campo Maior, que é pacífica e ordeira, poderá, poderá enveredar por fazer Justiça pelas suas próprias mãos, o que não seria desejável, mas que certamente acarretaria consequências graves.
         Em face da nossa Constituição, todos os Cidadãos gozam dos mesmos deveres e direitos, mas os Cidadãos de Etnia Cigana, tal como qualquer outros, não podem a seu belo prazer fazerem o que querem, desrespeitando os Princípios Fundamentais que a Constituição consagra, pondo em causa a segurança e a liberdade dos restantes Cidadãos.
         Para terminar importa levar à coação o que muitas vezes se passa quando a GNR prende os amigos do alheio de etnia Cigana e emigrantes de Leste, por furtos ou actos de vandalismo, alguns antes de serem presentes em Tribunal são devolvidos à Liberdade por acção de alguém que lhes paga as multas e outros merecem o mesmo tratamento por parte do Meritíssimo Juiz de Direito do Tribunal onde foram presentes, mas o mais grave é que saiam em liberdade ainda antes dos Guardas terem carimbado a guia de Marcha da sua Diligência.
         A segurança de Pessoas e Bens é um dever cometido ao Estado e um direito das Populações e a Câmara Municipal, como Organismo de Administração Pública, na sua área geográfica, deve assumir esses deveres e competências.
         A situação é grave, muito grave, é preciso que as Autoridades ajam de forma a poderem prevenir antes de que remediar depois!.
Siripipi-Alentejano

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quarta-feira, 2 de julho de 2014

CAMPOMAIORENSE – QUEM TE VIU E QUEM TE VÊ !...

 Hoje dia 1 de Julho, o nosso Campomaiorense completa 88 anos de vida, foi graças a um punhado de Campomaiorenses, Sportinguistas de coração, que neste dia de 1926, resolveram constituir este Clube, tornando-o uma das primeiras Filiais do Sporting Clube de Portugal e consequentemente um dos maiores ícones do nosso Alentejo.
Ao longo destes 88 anos de vida, o Campomaiorense viveu períodos de muitas alegrias e de algumas tristezas, tornando-se como um dos maiores esteios Desportivos do Alentejo. Foi igualmente um grande formador de Homens, contribuindo para o enriquecimento da cultura física dos nossos Jovens, unindo-os na prática desportiva como forma de os afastar das misérias sociais que a vida, por vezes, os confronta “ Alma sã em Corpo São”.
É um Clube com uma História riquíssima, filiado na Associação de Futebol de Portalegre, o Campomaiorense ganhou oito Troféus importantes: Campeão da 2ª. Divisão na época de 91/92, a Liga de Honra na temporada de 96/97, Campeão Distrital da 1ª. Divisão da A.F.Portalegre em quatro ocasiões (62/53, 69/70, 71/72, 2011/12, o Campeonato de Portalegre em 1946 e da A.F.Portalegre-Supertaça na temporada de 2011/12. Participou em muitos Campeonatos  Nacionais da Terceira Divisão e em variadas edições da Taça de Portugal de que foi Finalista em 1999, derrotado pelo Beira-Mar, curiosamente por ter descido de Divisão.
O Campomaiorense foi promovido pela primeira vez à 1ª. Divisão Nacional, em 1995, sob a orientação de Manuel Fernandes. O clube foi apenas o terceiro Clube do Alentejo a atingir o direito de participar na 1ª. Divisão Nacional, os outros dois foram o Lusitano de É em 1960 e o nosso eterno rival (no bom sentido)  “Elvas” na década de 80. Os maus resultados na época de 95/96 provocaram a saída de Manuel Fernandes e a consequente descida de Divisão.
Na época de 96/97, com a chegada de novos jogadores, fomos Campeões da 2ª Divisão e ascendeu de novo à 1ª Divisão treinado pelos Luvas Pretas João Alves depois de ter substituído Diamantino Miranda, cujo trabalhos não deu resultados agradáveis. Em 2001 baixamos à 2ª. Divisão e face às despesas do Clube o Presidente resolveu acabar com o profissionalismo, passando desde então a competir nos Campeonatos de Juvenis.  Em2006/07,o Campomaiorense  ressurgiu e começou a competir a nível regional. Na época de 2011/12, o Campomaiorense ganhou o Campeonato Distrital e o acesso à 3ª. Divisão Nacional, mas por decisão da sua Direcção, renunciou participar no Campeonato.
Foi a morte de um Clube que tudo deu em prol do Futebol da nossa Região, limitando-se unicamente à formação dos Jovens Campomaiorenses.
Aos Campomaiorenses resta-lhes as recordações de um passado desportivo que muito nos orgulhou, que trouxe milhares de adeptos de todos o Sul do País, especialmente Alentejanos, que trouxe desenvolvimento e movimentação nos serviços de restauração, enfim, que ajudou a levar o nome da nossa Terra em Portugal e até no Estrangeiro.
A nível de profissionais do Futebol, muitos foram os que também nos deixaram gratas recordações: Treinadores: Manuel Fernandes, Diamantino Miranda, João Alves, José Pereira, Carlos Manuel; Jogadores: Abel Silva, Beto, Bruno Mendes, Bruno Patacas, Carlos Fernandes, Carlos Martins, Filipe Azevedo, Filipe Fernandes, Jimmy, Jorge Ferreira, Jorge Ribeiro, Marco Almeida, Marco Silva, Nuno Afonso, Paulo Torres, Rogério Matias, Carlos, Détinh, Isaias e muitos outros.
Hoje olhamos para o Estádio Capitão César Correia, que nos grandes jogos esgotava a sua lotação (7.500), para em jogos das camadas jovens (hoje) a sua assistência limita-se a algumas dezenas, o que me leva a dizer: “CAMPOMAIORENSES – QUEM DE TE VIU E QUEM TE VÊ !...
Melhores dias poderão vir, os Jovens de hoje merecem que um dia voltem a ver o velhinho Sporting Clube Campomaiorense nas ribaltas do Futebol, todavia, é preciso agradecer a quem tornou possível essas épocas áureas (Presidente João Manuel Nabeiro e seu Pai, Comendador Rui Nabeiro) esperando que um novo raio de esperança permita, com alguma moderação financeira, voltar de novo a erguer bem alto o nome de Campo Maior e do Sul de Portugal no Desporto Rei, a Sul do Tejo, com a excepção do Vitória de Setúbal, o Futebol é uma simples Miragem.
Parabéns Campomaiorense pelos 88 anos de vida ao serviço do Desporto Local, Regional.
Campo Maior, 1 de Julho de 2014
Siripipi-Alentejano