terça-feira, 30 de julho de 2013

AUTÁRQUICAS/2013 - Vão ter luta cerrada com resultado imprevisível

No próximo dia 5 de Agosto, as listas concorrentes às Eleições Autárquicas têm que ser entregues no Tribunal. A azáfama para preenchimento dos quesitos exigíveis está no auge, ainda é tempo para algumas mudanças ou para substituição de alguns que se negaram a integrá-las por qualquer motivo, ou ainda porque alguém influente não esteja presente e queira alguma substituição. Estas situações são o dia-a-dia da Política e não são de estranhar.
Como disse num outro artigo, cabe aos Campomaiorenses decidirem quem os irá representar na gestão dos diversos Órgãos, todavia, para prosseguir a análise que pretendo fazer, torna-se necessário lembrar que em 2009 perfilaram-se 3 Partidos (PS; CDU; PSD) e uma Coligação Independente (A Nossa Terra Campo Maior) tal como em 2005 (PS; CDU, PSD/CDS e o MICM).
Em 2009, as diversas Forças, num universo de 7643 Eleitores, obtiveram os seguintes resultados: PS 2723; CDU 366; PSD 93 e o Movimento “A Nossa Terra Campo Maior” 2530, cabendo ao PS a Presidência da Câmara e mais 2 Vereadores, ficando o Movimento com 2 Vereadores no Executivo, resultando assim uma maioria absoluta. Quanto ao ano de 2005 é desnecessário tê-lo em conta para análise já que as Forças concorrentes não correspondiam com a realidade de hoje.
Dizia eu no início que em 5 de Agosto termina o prazo da entrega do processo Eleitoral, mas já se pode afirmar que em 29 de Setembro vamos ter a sufrágio cinco listas – PS; CDU; PSD, BE e o Movimento “A Nossa Terra Campo Maior”, como o encerramento dos Cadernos Eleitorais tem lugar em 31 de Julho, não poderei adiantar qual o verdadeiro número de Cidadãos Eleitores, certamente mais do que em 2009.
A verdade é que quanto mais listas estiverem a sufrágio, maior vai ser a divisão de votos e o resultado será imprevisível, o que leva os Candidatos a uma luta titânica, na mira de obter o maior número de votos.
Sem desrespeitar as restantes Forças Políticas, a luta vai ser cerrada entre Ricardo Pinheiro e João Burrica, uma vez que os outros candidatos (PSD e CDU) são conhecidos de toda a população e vão, com toda a certeza, fazer crescer os resultados de 2009, mas também não podemos esquecer que o Bloco de Esquerda concorre pela primeira vez e tem o seu Eleitorado.
Digo que a luta vai ser cerrada, porque a diferença havida entre os dois grandes Candidatos em 2009, foi somente de 193 votos e este ano o seus adversários, que não concorreram ao Executivo nas Eleições de 2009, vão certamente lutar por um bom resultado.
Há um dado que também merece uma leitura especial, a CDU tem vindo a perder o seu eleitorado a favor de outros, basta verificar que os seus resultados em Eleições anteriores – 2001 (1042); 2005 (489); 2009 (366) e este ano com António João Gonçalves, com mais carismas que os antecessores, vai certamente aumentar a votação aproximando-se de um valor, que pelo método de Hont, poderá aspirar a ser eleito como vereador, é bom não esquecer que tem que contar com o aumento de votação de uns e perda de votos dos dois maiores Candidatos, que se poderão diluir na CDU; PSD e BE, além da abstenção que é sempre enorme.
Há um dado adquirido que tem vindo a ser discutido e analisado pelos Politólogos, que os leva a defender que nas Eleições Autárquicas, o que conta, na maioria das vezes, são as Pessoas e não os Partidos. Ao longo do País há imensos Concelhos geridos por Independentes, Coligações e grupos de Cidadãos que se constituíram para esse fim, há grandes Autarcas que por diversas razões, durante os seus Mandatos, incompatibilizaram-se com os Partidos que os elegeram, recandidataram-se e voltaram a ganhar sem que o Partido pudesse fazer algo.
A Politica tem estas e outras nuances, basta ver os Políticos profissionais como agem e como são inconstantes, na Politica Local, onde o Poder está mais próximo do Povo, a sua ação tem que ser diferente porque, em caso de não cumprimento das suas promessas, a exigência dos Eleitores é maior, estando sujeitos a apertada vigilância, com a consequente penalização nos próximos atos Eleitorais.
Os cinco Candidatos a Campo Maior têm o dever, no período que antecede as Eleições, elaborar e defender o seu Programa Eleitoral, nunca deverão enveredar em promessas megalómanas que à partida sabem que as não podem cumprir, só devem estender as pernas até onde dá o lençol, é como se costuma dizer, não gastar mais do que o dinheiro que a Autarquia recebe.
Voltarei ao tema, no entanto, quero lembrar a todos os Candidatos, caso sejam eleitos que devem estar ao serviço do Povo e não para se servirem.
Siripipi-Alentejano

terça-feira, 16 de julho de 2013

AUTÁRQUICAS - Partidos apresentam Candidatos

Estamos a pouco mais de dois meses de novas Eleições Autárquicas, os Partidos e Coligações já começaram a indigitar quem vão ser os cabeças de lista, estando para breve a divulgação dos restantes Cidadãos que vão integrar essas Listas. Cabe aos Campomaiorenses decidir quem será o futuro Presidente da Câmara, neste momento já foram apresentados os candidatos do PS (Ricardo Pinheiro), PCP (António João Gonçalves), (João Burrica) apresenta-se pelo Movimento Independente “A Nossa Terra Campo Maior” e espera-se que a Coligação PSD/CDS/PP indique o seu Candidato, tal como o BE. A indicação dos nomes dos Cabeças de Lista, obriga as estruturas partidárias a mexerem-se, as lutas internas iniciaram (num dos Partidos essas lutas foram duras e fizeram moças), os Candidatos dão os primeiros passos na procura de apoios, as guerras pelos lugares de charneira e elegíveis são motivo de muitas conversas e até de mexericos (reuniões secretas em locais desconhecidos e com meia dúzia de personalidades), não nos podemos alhear dessas situações, já que a apetência pelo Poder sempre foi a causa de muita incompreensão. Os Candidatos a sufragar devem, ao longo do período que antecede o sufrágio, elaborar e defender o seu Programa Eleitoral, a sua linha de ação, analisar educadamente com justiça o trabalho executado ao longo dos anos pelos Executivos anteriores, fazendo críticas construtivas, contrapondo as ações que entenderem por bem fazer em prol de Campo Maior e das suas Gentes. Antes de falar sobre os Candidatos, quero lembrar-lhes um Princípio crucial de conduta “devem estar na Política para servirem o Povo e não para se servirem eles próprios”. Numa Terra como Campo Maior, onde todos nos conhecemos, é muito fácil falar sobre os Candidatos à nossa Autarquia, uma vez que são Cidadãos conhecidos e com provas dadas ao longo da sua vida, mas cada um com seu curriculum. Ricardo Pinheiro - O atual Presidente e candidato a novo Mandato, é um Jovem que abraçou a Política sem qualquer experiência, mas imbuído de uma enorme vontade de servir Campo Maior. O seu Mandato está a terminar, mas já podemos fazer uma análise do que foi a sua governação e apesar das dificuldades encontradas, não se saiu muito mal, é verdade que poderia ter feito mais, todavia, em meu entender esteve sempre mal assessorado. Na verdade, a situação financeira herdada foi uma pesada herança e isso limitou-o na sua ação. Foram três áreas dessa pesada herança que contribuíram na limitação de mais desenvolvimento, a saber: Despesas de Pessoal; Piscina Coberta e a Segurança de Pessoas e Bens, são estes os três fatores que considerei como uma pesada herança. No próximo Mandato, caso seja eleito, a vida ser-lhe-á mais fácil face à experiência adquirida nestes quatro anos, mas para isso, tem que constituir uma equipe coesa que o possa coadjuvar na ação governativa e de planificação, para isso há necessidade de uma reformulação profunda, é um erro de lesa Pátria, pensar que em equipa ganhadora não se mexe, o tempo é de mudança e não de estagnação. João Burrica - Foi Vereador e Presidente da Câmara, tem alguma experiência de Poder Autárquico, contudo, nem tudo o que fez foi correto, cometeu enormíssimos erros que o atual executivo ainda está a pagar e que vai onerar os futuros executivos por mais algumas dezenas de anos (Piscina Coberta, Venda da Água, Quadro de Pessoal em número excessivo, entre outras). Na sua governação, o maior dos erros foi a forma como foi concebida e construída a Piscina da Fonte Nova, uma vez que poderia igualmente construir-se, mas o Município deveria ter candidatado o projeto a fundos comunitários que lhes permitia receber, no mínimo, 80% do seu custo. Assim esse valor, acrescido de juros, é suportado pelo Município. Caso João Burrica mereça os votos dos Campomaiorenses tem que fazer uma viragem de 360º e não cometer tantas ilegalidades. António João Gonçalves - É um democrata que desde a aurora do 25 de Abril de 1974 enveredou por integrar as listas do PCP e lutar pelo desenvolvimento da sua Terra. Ao longo dos anos e nos órgãos Autárquicos que integrou, desenvolveu um trabalho sério e mereceu sempre o respeito de todas as Forças Politicas que com ele têm trabalhado. Caso seja eleito, certamente que irá a ser um Vereador participativo e que irá sempre ter em mente, não a ideologia que perfilha, mas sim o bem de todos os Campomaiorenses, colaborando com o Executivo. A Democracia precisa de pessoas participativas e não de conflitualidade. Quanto aos Candidatos do Bloco de Esquerda e PPD/PSD/CDS/PP, não vou dizer nada porque ainda desconheço quem são. O tempo o dirá! As eleições estão à porta, os Candidatos brevemente apresentarão os seus Programas Eleitorais, infelizmente, não representam as verdadeiras necessidades e soluções para as Populações, mas interesses individuais ou coletivos, que servem um objetivo imediato, a satisfação de grupos e a eleição de quem promete satisfazê-los. Senhores Candidatos, prometer é fácil, mas cumprir essas promessas é bastante mais difícil. Geralmente promete-se como não houvesse amanhã. Siripipi-Alentejano