sábado, 29 de agosto de 2009

JOÃO BURRICA QUER RETIRAR DIVIDENDOS POLÍTICOS

As Eleições Autárquicas vão ter lugar no próximo dia 11 de Outubro. Desde a marcação desta data pelo Senhor Presidente da República, as forças políticas e independentes movimentaram-se, escolheram os seus candidatos e apresentaram as respectivas listas no Tribunal Judicial, iniciando-se de imediato o período de pré-campanha eleitoral.
Os programas eleitorais estão em curso, os quatro candidatos ao Município de Campo Maior, iniciaram contactos na procura de apoios.
A verdade é que a Lei Eleitoral determina que todos os Candidatos devem ter tratamento igual, não sendo permitida a utilização de influências em benefício próprio. Na prática muitas vezes isso não sucede! No caso de Campo Maior, o actual Presidente da Câmara vai recandidatar-se como independente, beneficiando por esse facto da máquina do poder que está ao seu dispor, o que é uma grande vantagem.
Durante o período da pré-campanha, a Câmara Municipal vai realizar alguns eventos - Festa dos Avós no dia 12 de Setembro e a Semana das Tradições de 29 de Agosto a 6 de Setembro. São duas manifestações que vão juntar muitos Campomaiorenses e que João Burrica vai aproveitar para retirar dividendos políticos.
Como é apanágio do Senhor João Burrica, a demagogia e o facilitismo fazem parte da sua governação (não olhar a meios para atingir os fins) e de novo na Nota de Abertura do Programa Tradições e da Festa dos Avós, quis-nos passar um Atestado de Burriquismo pensando que todos os Campomaiorenses são atrasados mentais e que não sabem e conhecem o que são Tradições e Usos e Costumes.
Nessa Nota de Abertura é afirmado: " A Festa das Tradições tem-se revelado como uma grande mostra da etnografia, do folclore e da Arte do Povo de Campo Maior e do Alentejo... É uma homenagem a todos os Campomaiorenses pela sua alegria e pelo gosto com que participam nesta grande manifestação cultural".
Como é possível que o nosso Edil, utilizando largas dezenas de milhares de euros do orçamento municipal (mais de 150.000,00), possa dizer estas babujeiras. É bom lembrar o Senhor João Burrica que a nossa maior Tradição são as Festas do Povo e que ele nunca se mostrou disponível para as apoiar, o dinheiro que vai ser gasto era suficiente para pagar todo o papel necessário e afins.
É de lamentar que João Burruca, com estes eventos. marginalize os outros candidatos, descurando o Principio da Igualdade que a Lei Eleitoral impõe , fazendo o seu aproveitamento para amealhar alguns votos.
A organização destes eventos culturais, como de tantos outros, durante a pré-campanha, serve para que se realce a máxima "Os fins justificam os meios".
É de estranhar que os candidatos do PS, CDU e PSD/CDS não tenham manifestado o seu desagrado.
Através do Jornal de Campanha, João Burrica fez o aproveitamento indevido das realizações dos últimos doze anos, que são de todos os Executivos e não da sua cátedra pessoal, isso demonstra arrogância e narcisismo.
No dia 11 de Outubro os Campomaiorenses irão às urnas e aí, com o seu voto, democraticamente, terão a oportunidade de o julgar.
Campo Maior,29 de Agosto de 2009
siripipi-alentejano

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

PROGRAMAS ELEITORAIS PARA BREVE

Estamos a cerca de cinquenta dias das Eleições Autárquicas, os quatro Candidatos à cadeira do Poder do nosso Município estão perfilados, os processos foram entregues no Tribunal Judicial de Elvas, estão criadas as condições necessárias para iniciarem as suas pré-campanhas.
Os programas eleitorais estão para breve, vulgarmente tratados como moeda de troca, os programas não representam as verdadeiras necessidades e soluções para as Populações, mas interesses individuais ou colectivos, que servem um objectivo imediato, a satisfação desses grupos e a eleição de quem promete satisfazê-los.
Verdadeiras raridades são os programas eleitorais que falem de contenção, todos sabem que quem anunciar reduzir despesas, é reduzir votos.
Prometer é fácil, mas cumprir essas promessas é bastante mais difícil. Assim promete-se como se não houvesse amanhã.
Por cá a quem estará reservada a coragem de propor a necessária redução dos custos da Autarquia como forma de equilibrar a estrutura deficitária e travar o endividamento? Pois, ao contrário do praticado, a redução do défice não pode ser feito unicamente pelo lado do aumento da receita, nomeadamente com a venda de património ou do aumento de impostos, taxas e licenças.
Sabendo que a política séria raramente se conjuga com vitória, quem estará disposto a trocar alguns votos pela necessária redução de custos com o Pessoal, a redução das Horas Extraordinárias, Ajudas de Custo Internas e ao Estrangeiro, as Avenças? Quem falará das Taxas e Impostos para o próximo Mandato? Quem vai assumir a resolução de Habitações para Jovens e das Habitações ilegais construídas na Reserva Agrícola? Quem vai assumir a responsabilidade da resolução do problema do Mártir Santo e dos Cidadãos de Etnia Cigana? Quem vai promover a Recuperação e Reabilitação do Centro Histórico, de todo o Património Monumental e inúmeras Casas Degradadas? Quem proporá regras de utilização de viaturas e equipamentos do Município? Quem alertará que a situa cão financeira do Municipio não se compadece com as inúmeras Festas, Espectáculos, Almoços por tudo e por nada e Subsídios praticados? Quem assumirá o compromisso da Reparação e Reabilitação das Estradas e Caminhos Municipais, nomeadamente o C.M. 1109; Estrada de Ouguela e Caminhos Rurais?
Enfim, há uma infinidade de situações que são imperiosas e que têm de ser tratadas nos Programas Eleitorais? Nós eleitores devemos exigir que os Programas Eleitorais de cada Candidato sejam acompanhados do respectivo custo e explicação do seu financiamento. Mas para tal, sendo as eleições Autárquicas em Outubro e estando decorrido praticamente quatro meses desde a aprovação das últimas Contas de Gerência, era fundamental conhecerem a execução orçamental e o valor da dívida actual (curto, médio e longo prazo). Doutro modo ninguém se obriga a explicar onde arranja o financiamento para o que promete, do mesmo modo que ninguém se obriga a explicar onde arranja o financiamento para o que promete, do mesmo modo que ninguém fiscaliza a execução do que se prometeu.
A propósito alguém se lembra do programa eleitoral de João Burrica de 2005?
Quase apetece dizer que nós (Eleitores) temos os políticos e os Executivos Autárquicos que merecemos.
Campo Maior,26 de Agosto de 2009
siripipi-alentejano

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Câmara cada vez admite mais Pessoal! Será porque a sua admissão dá mais votos!...

As Autarquias Locais são Organismos de Administração Pública e para desempenharem as atribuições e competências que a Lei lhes confere, dispõem de Quadros de Pessoal próprios, sendo estes um reflexo do Princípio da Autonomia que a Constituição lhes consigna. O Quadro de Pessoal de uma Autarquia é o elenco dos lugares permanentes que são distribuídos por Carreiras e Categorias, considerados necessários para a prossecução das actividades de cada Serviço.
A Gestão e Direcção dos Recursos Humanos afectos aos diversos serviços é uma competência própria do Presidente da Câmara. O responsável por essa Gestão deve actuar com justiça e imparcialidade, deve harmonizar o interesse público com os interesses legítimos dos Funcionários e deve igualmente pautar a sua conduta tratando todos de igual forma. Infelizmente isso não sucede na nossa Câmara, pois existem vários Funcionários, que por motivos desconhecidos, não lhes é dado qualquer tipo de trabalho, limitando-se ao cumprimento do horário e a receberem o vencimento. É uma situação injusta e degradante.
Os Quadros de Pessoal existem para darem resposta às suas necessidades, o que pressupõe que só em casos excepcionais é que deveriam admitir Pessoal além do Quadro, os chamados Contratados e Avençados.
Em Dezembro de 2008, sob proposta da Câmara, a Assembleia Municipal aprovou o Mapa de Pessoal para 2009 e esse documento dá a conhecer a existência de 328 Funcionários (Quadro e Contratados). Ainda decorria esse mês, o Presidente da Câmara fez várias propostas de admissão de Pessoal devido ao facto do Pessoal Auxiliar e Administrativo das Escolas do 1º. e 2º. Ciclos do Ensino Básico e Jardins de Infância terem passado para a responsabilidade das Autarquias.
Já antes desta transferência de competências, em matéria de Despesas de Pessoal, Campo Maior é o 19º. Município (entre os 306) que mais gasta em Despesas de Pessoal, Elvas sendo um Concelho maior e com mais Freguesias, tem menos cento e tal Trabalhadores do que a nossa Câmara, o que faz tanto Pessoal num Concelho como o nosso?
Ao consultar as actas da Câmara , verifiquei que na reunião de 3 de Dezembro de 2008, o Vereador João Muacho propôs que: "A Autarquia fizesse um levantamento das reais necessidades dos Estabelecimentos de Ensino Básico e Pré-Primário, em termos de Auxiliares de Acção Educativa e que em função desse estudo, as vagas fossem postas a concurso". O Vereador Francisco Fonenga (na altura na oposição) apresentou esta proposta: "Dado que considero que os Quadros de Pessoal do Município se encontram sobre lotados e completamente desajustados das reais necessidades funcionais do Município, quer quanto ao número total de Funcionários (Quadro e Contratados), quer quanto ao seu desempenho profissional que, normalmente, não respeita os conteúdos funcionais para os quais foram admitidos ou contratados, Proponho: 1 - Que seja contratada uma Empresa especializada em Recursos Humanos para fazer um levantamento de todo o Pessoal (Quadro e Contratados) e das funções reais que cada um desempenha; 2 - Que seja inventariada a necessidade de cada Serviço ou Sector tem de Pessoal e que seja elaborado um Mapa de Faltas ou excessos que se verifiquem no decorrer da inventariação".
Na reunião do passado dia 1 de Julho, o Vereador João Muacho voltou a questionar o Presidente da Câmara e disse-lhe que passados sete meses a política de contratação, continua a fazer-se sem ter em conta a estabilidade não só dos Contratados bem como dos equipamentos em que trabalham. Na verdade a estratégia delineada pelo Senhor Presidente em nada visa a estabilidade dos contratados, visa sim a continuidade na cadeira do Poder. Segundo este Vereador, a proposta do Vereador Fonenga (agora já com outra camisola) também deve ter ficado na gaveta ou em "Banho Maria".
Na minha opinião, como é que a menos de dois meses das Eleições Autárquicas se ia a avançar com um Estudo que pudesse mostrar a politica errática de contratações. Errática não porque as Pessoas não façam falta. Errática por desadequação das contratações relativamente ao que os Trabalhadores desempenham ou possam vir a desempenhar.
Foram estas intervenções, bastante interessantes, que me levaram a torná-las publicáveis neste Blogue, para que as possam comentar e tirar as necessárias ilações, a verdade é que um Município da dimensão de Campo Maior, tem um encargo demasiadamente elevado de Despesas de Pessoal, diariamente verifica-se que não existe uma Gestão correcta desses Recursos Humanos, nem existem Chefias Intermédias para os super intenderem.
As contratações continuam e as obras que deveriam absorver a maioria desse Pessoal ao escassas. É bom não esquecermos que ao admitir mais Pessoal, mesmo não sendo necessários, são mais alguns votos que João Burrica que amealhar.
Campo Maior, 22 de Agosto de 2009
siripipi-alentejano

sábado, 15 de agosto de 2009

PROMESSAS LEVA-AS O VENTO

Estamos a menos de 2 meses das Eleições Autárquicas, os Candidatos já são conhecidos e os seus Programas Eleitorais devem estar brevemente à disposição dos Munícipes. Há uma certeza que não podemos contestar, o surto de progresso que se tem verificado desde o 25 de Abril de 1974, deve-se em grande parte ao esforço abnegado desenvolvido por milhares e milhares de Autarcas e à maior realidade da nossa Democracia - o PODER LOCAL.
Em ano de Eleições (Autárquicas e Legislativas), há uma infinidade de Cidadãos disponíveis com apetência pelo Poder, uns com mais qualidades que outros, no entanto todos assumindo-se como os melhores do Mundo e capazes de poderem resolver todos os problemas.
As Eleições de 11 de Outubro vão trazer-nos novos Executivos para a Câmara e Juntas de Freguesia, os Cidadãos Eleitos vão tornar-se responsáveis pelos desígnios do Concelho de Campo Maior até 2013, nestes quatro anos ter-se-á que dar prioridade aos justos anseios de todos.
Cada Candidato vai apresentar o seu Programa Eleitoral, esse programa deve integrar e definir os objectivos a atingir durante o Mandato e não poderão alhear-se de que são atribuições das Autarquias tudo o que diz respeito aos interesses próprios, comuns e específicos das suas Populações.
Os Candidatos escolhidos devem ao longo do período que antecede o sufrágio, defender o seu Programa, a sua linha de acção, analisar educadamente com justiça o trabalho que fou executado pelos Executivos anteriores, devem fazer críticas construtivas e contrapor as acções que entenderem fazer em prol do Concelho de Campo Maior.
Até 11 de Outubro resta-nos estar atentos ao que se vai passar, no entanto como Campomaiorenses, devemos participar activamente nas Campanhas, auscultando os Programas e seus Projectos, de forma a podermos tirar as ilações que nos possam conduzir a votar em consciência.
O actual Mandato está a terminar, há quatro anos, João Burrica apresentou o seu Programa Eleitoral e fez imensas promessas que não veio a cumprir. É bom lembrar que ao longo destes quatro anos o nosso Município movimentou mais de 50.000.000,00 € e o progresso que se esperava estagnou, continuamos a viver num autêntico marasmo, todavia, grande parte dessas verbas foram mal utilizadas, os investimentos produtivos foram diminutos, o que ganhamos (por darem votos) foram espectáculos, festas, excursões, almoços por tudo e por nada e ainda como prémio de consolação, estarmos em 19º.lugar, entre os 306 Municípios, como dos mais gastadores em Despesas de Pessoal. Campo Maior tem 341 trabalhadoras (quadro e contratados), mais 100 do que a Câmara de Elvas.
Aos Candidatos pretendo neste Post, lembrar-lhes o que foi prometido por João Burrica e não teve execução, para que possam estar atentos a todas estas necessidades que considero prementes.
- Arranjo e tratamento das entradas da Vila, foi prometido o lançamento de um concurso de ideias, mas mantêm-se tudo na mesma;
- A reparação e conservação dos Caminhos Municipais, o C.M. 1109 que liga a Enxara à D. Joana está em estado calamitoso há doze anos, em 21/12/2008 tinha um financiamento da Comunidade no valor de 1.800.000,00 € que não foram aproveitados;
- A reparação e conservação das Estradas de Ouguela e Retiro;
- A recuperação da casas degradadas do Centro Histórico e de todo o Património Monumental e Cultural (Muralhas, Mártir Sano, Castelo de Campo Maior e Ouguela);
- Incentivar a construção de Habitação em Degolados, cedendo terrenos a preços reduzidos;
- Executar um Plano de Pormenor de Expansão da Vila e o que fez' foi anular o,Plano de Pormenor existente para construir a Piscina Coberta;
- Criar o Gabinete do Munícipe e do Investidor, de forma a garantir um atendimento personalizado na resolução dos problemas apresentados;
- Remodelar e beneficiar os arruamentos do Centro Histórico;
- Melhorar a iluminação pública de Campo Maior e Degolados;
- Ampliação ou construção de uma nova Casa Mortuária;
- A cedência de terrenos na Zona Industrial, a custos reduzidos, para incentivar a fixação de novas Industrias, tendo como objectivo a criação de postos de trabalho;
- Fazer da Barragem do Caia um sítio aprazível para o lazer e aproveitamento dos tempos livres;
- Construção de uma Praia Fluvial no Rio Xévora (Enxara).
Enfim ainda há mais, onde está o prometido Bairro Social de custos controlado para que os Jovens pudessem dispor de habitação? Onde está o tão badalado Centro Geriátrico a constuir na Fonte Nova para não falar da Estrada do Retiro que não meio de se iniciar!
É um rol de promessas não cumpridas, esperamos que os Candidatos que vierem a ser eleitos cumpram tudo o que prometem, o Povo não pode ser enganado, é imprescindível que haja a necessidade de um levantamento exaustivo das necessidades, programando as suas prioridades, dinheiro existe, é necessário ser bem gerido.
Campo Maior, 15 de Agosto de 2009
siripipi-alentejano

terça-feira, 11 de agosto de 2009

DIVAGANDO SOBRE AS PISCINAS COBERTAS

Em 28 de Junho, com a presença do Secretário de Estado da Juventude e Desportos e outras Entidades, o Senhor Presidente da Câmara inaugurou com pompa e circunstância, o complexo de Piscinas Cobertas da Fonte Nova.
Não há ninguém em Campo Maior que conteste a importância deste equipamento, no entanto tem-se falado imenso do seu financiamento e da forma como foi engendrado, pois é sabido que se trata de uma obra da responsabilidade de uma Empresa Privada constituída para o efeito. Nessa constituição há um dado muito interessante que merece alguma reflexão, a Empresa Municipal CAMPOMAYOR XXI com os seus 49% do capital social da CAMPISCINAS S.A. preside o seu Conselho de Administração. Que motivos levaram esta Empresa Municipal a associar-se a um Privado ficando em posição minoritária na a construção de um equipamento que vai ser pago integralmente pela Câmara Municipal?
Em Abril de de 2007, a Câmara Municipal, deliberou por maioria, aprovar a minuta da carta de conforto para a concessão pela C.G.D. de um empréstimo de 4.250.000,00 € à Campiscinas S. A. para financiamento do complexo de Piscinas e infra-estruturas acessórias, como é óbvio, a responsabilidade deste empréstimo será dividido pela Campiscinas S.A. (51%) e a Empresa Municipal (49%).
Em Julho do mesmo ano, a Câmara Municipal fez doação do Lote nº 1-Fonte Nova (5.388 m2) à Campomayor XXI, em Setembro foi deliberado isentar a Campiscinas S.A. do pagamento de Taxas por se reconhecer o interesse público deste empreendimento. Como a Campiscinas, proprietária do equipamento, iniciou a sua construção sem projecto aprovado, a situação foi denunciada em Assembleia Municipal e a Câmara foi obrigada a aplicar a competente coima face ao auto elaborado pelos serviços de fiscalização do Município.
Por sua vez a Campiscinas S.A. adjudicou, pelo valor de 3.450.000,00 €, à firma MRG-Engenharia e Construção, a execução daquele empreendimento. Qual a contra partida que esta Firma (MRG) construtora daquele equipamento teve neste negócio? Terá capitalizado lucros no orçamento da obra, dado o mesmo ser unicamente verificado pela adjudicatária de que a MRG é sócia maioritária? Como diz o Povo " Fica tudo em casa "!
Com todos estes episódios, resta-me concluir que este Complexo não é da Câmara Municipal, a verdade é que o nosso Município, nos próximos 20 anos é quem vai pagar a obra, os fúturos Executivos vão ficar obrigados ao seu cumprimento uma vez que a Campomayor XXI não tem receitas próprias. A exploração, manutenção e gestão das Piscinas caberá à Campiscinas S.A., a Câmara Municipal limitar-se-á a cobrir os custos suportados (juros e amortizações) do capital dos empréstimos.
O equipamento foi inaugurado mas continua encerrado, já decorreram 40 dias, o Pessoal necessário foi admitido e está ao serviço, foi requisitada à Autarquia uma Funcionária para super intender os Serviços (com um elevado salários). Como terá sido a admissão desse Pessoal? Houve Concurso? Não!... foi o Senhor Presidente da Câmara, no seu livre arbítrio que admitiu esse Pessoal, foram mais uma vez os seus seguidores e afilhados os beneficiados, onde estão os Princípios da Igualdade e Legalidade a que o nosso Edil está obrigado!
Através da Internet tive acesso às actas das reuniões do Executivo e no dia 15 de Junho, o Vereador João Muacho procurou saber a razão da não abertura das Piscinas, a verdade é que ficou sem resposta, no entanto adiantou que esse facto dever-se-ia prender com a falta de vistoria e ainda não possuir a respectivas licenças de utilização emitidas pelas Entidades competentes.
A inauguração antecipada, com almoço para quem quis, foi mais um show off e um acto de pré-campanha eleitoral, esquecendo-se que o acto de inaugurar deveria ser da responsabilidade do verdadeiro dono da obra a Campiscinas S.A. e não a Autarquia que é uma mera financiadora da Campomayor XXI.
A maioria dos Municípios do nosso Distrito têm construído equipamentos análogos, socorrendo-se de candidaturas a Fundos Comunitários que poderão atingir os 70 % de comparticipação. A atitude do Município de Campo Maior é de quem pensa que é muito rico, por isso não esteve interessado nessa e noutras candidaturas.
A Piscina Coberta da Fonte Nova é um equipamento que viola o PDM por ter sido construído numa zona de expansão urbana, quando este Plano de Ordenamento tem uma zona Desportiva onde já existem outros equipamentos desportivos e de lazer, e onde os terrenos seriam mais baratos.
Ao fim e ao cabo quem é o pagador somos todos nós, é fácil fazer folclore com o dinheiro dos contribuintes. É uma forma de gestão rasca, Campo Maior pela sua situação e com o TGV e Plataforma Logística prevista para a nossa Região, necessita de um Gestor com vistas largas e com objectivos definidos - o desenvolvimento e a criação de riqueza.
Campo Maior, 11 de Agosto de 2009
siripipi-alentejano

sábado, 8 de agosto de 2009

Divagando sobre Campo Maior

Quando criei este Blog, disponibizei-me para dar a conhecer aos Campomaiorenses espalhados pelo Mundo a realidade da nossa Terra, os seus anseios, as suas ambições, os seus encantos e desencantes, enfim, fazendo-lhes chegar o nosso dia a dia. É neste sentido que vou falar sobre algumas acções de política local. O mandato do actual Presidente da Câmara está a terminar e como pensa recandidatar-se, as obras em fase acabamento aceleram, o show off está no auge, é urgente amealhar votos porque a luta vai ser muito dura.
Deixando a politica, hoje vou falar de duas obras - Remodelação do Jardim Municipal e Construção do Novo Coreto.
Jardim Municipal: - Muito se tem falado e escrito sobre esta obra, há os que com ela concordam e há os discordam, eu pessoalmente sou dos que discordei por entender que o antigo Jardim deveria manter-se na sua traça original, sujeitando-o a melhoramentos modernizando-o com novos pisos, electrificação, novos equipamentos. continuando a existir um espaço verde aprazível, esta remodelação tornou-o num descampado, num espaço de calçadas.
A verdade é que esta remodelação teve início em 2006, já lá vão quatro anos, penso que estará prestes a sua conclusão, é uma obra que já consumiu ao erário Camarário as seguintes verbas: 2006 (564.783,93 €); 2007 225.286,34 €); 2008 (302.508,34 €) e para 2009 estão orçamentados 275.000,00 €, o que totaliza 1.367.578,60 € caso não haja alterações orçamentais no corrente ano. Exceptuando o Lago construído no centro do passeio central pela Agrocinco, toda a restante obra tem sido executada por administração directa, o que por imposição legal, implica a existência de uma contabilidade analítica que permitisse saber os custos reais (Aquisições de Serviços e Materiais e a imputação da mão de obra do Município que é paga pelo Orçamento da Autarquia -Pessoal do Quadro e Contratado-). Igualmente desconhece-se como tem sido o procedimento dessas aquisições (ajuste directo o concursos limitados).
O projecto que deu lugar a esta Remodelação foi aprovado pela Câmara Municipal em reunião de 6 de Outubro de 2004 e foi elaborado pelo GAT de Elvas.O que há a lamentar é que na sua execução o Projecto não foi respeitado, foi adulterado sem que os seus autores tenham sido ouvidos, é uma violação dos direitos intelectuais dos Arquitectos que o assinaram, vejamos algumas das alterações: Os Parques Infantis construídos nos topos do Jardim não constam do Projecto; O Bar do Luís Paródias era deslocado para o topo do Jardim e o espaço onde se encontra era ajardinado;No espaço que fica junto do Lago era construído um Quiosque e a Pérgola construída, segundo o Projecto, era no lado oposto ao actual. Todas estas alterações podem e devem ser consideradas irregularidades graves, são irregularidades iguais às de qualquer cidadão que tenha aprovado um projecto pela Câmara e resolva, a seu belo prazer, alterá-lo ou executá-lo sem as respectivas licenças.
Este procedimento do actual Presidente viola o Princípio da Legalidade, contrariando o Estatuto dos Eleitos Locais e os Princípios definidos pela C.R.P.
Novo Coreto
Como já foi dito, o antigo Coreto foi destruído, contrariando o Projecto. Importa referir que o projecto aprovado previa a construção de Instalações Sanitárias que não construiu, foi mais um lapso do nosso Presidente e como é que ele resolveu o problema!
É seu hábito passear no Jardim distribuindo sorrisos, beijinhos às Senhoras, cumprimentando quem ali está e aproveita para conversas, o que é correcto e desejável. Certo dia, numa dessas conversas e de pois de ter mandado alguém sondar, perguntou a alguns idosos o que achavam se destruísse o actual Coreto e nesse espaço construísse um novo Coreto e sob o mesmo istalaria as casas de banho, é natural que resposta foi positiva e acto imediato, sem qualquer Projecto e Orçamento, mandou demolir o velhinho Coreto.
A construção do novo Coreto é mais uma irregularidade gravíssima, por ter assumido a sua construção e a realização de despesas sem que as mesmas estivessem inscritas no Plano de Actividades e Orçamento para 2009. É bom questionar, haverá Projecto e Orçamento, qual é o seu custo?
Na reunião de 17 de Junho do corrente ano, o Vereador João Muacho interviu sobre este tema, veja-se "Actas das Reuniões da Câmara/João Muacho-Vereador da C.M."
A Inspecção Geral da Administração Local iniciou no princípio deste mês uma visita de Inspecção, esperamos que estes casos sejam apreciados, sabe-se que existem queixas formuladas e estes dois casos, tal como outros, estão na agenda da Inspecção.
No próximo post irei falar na Piscina Coberta da Fonte Nova, é mais um investimento com contornos muito confusos, em 14 de Agosto do ano passado escrevi neste blog um artigo que intitulei "A Piscina que é de quem não é" já decorreu quase um ano, a sua inauguração já teve lugar, os episódios desta novela ainda não terminara!
Campo Maior, 8 de Agosto de 2009
siripipi-alentejano

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

JOÃO BURRICA RECANDIDATA-SE, MAS MENTIU AOS CAMPOMAIORENSES

Qualquer cidadão desde que reúna as condições exigidas por Lei pode ser candidato ao exercício de funções, quer Políticas, quer na Administração Pública. Recentemente o actual Presidente da Câmara, Senhor J0ão Burrica, distribuiu uma carta anunciando a sua Candidatura como Independente. Até aqui tudo bem, é um direito que lhe assiste e que respeito, todavia, essa carta está cheia de inverdades que importa esclarecer.
O PS, na minha modesta opinião, deveria esclarecer essas mentiras, compreendo que o não queira fazer por estarem na elaboração das listas, pois o Povo na sua alta sabedoria diz com muita razão "Quem cala consente".
Como sou do Povo e integro uma estrutura do PS, não posso ficar indiferente às mentiras que transmitiu e que passo a explicar o que se passou.
Em 2005, o Senhor João Burrica socorrendo-se de métodos anti-democráticos, levou a que muitos Socialistas se afastassem e formassem um Movimento Independente, como única forma de poderem defender as suas convicções.
Em 2006 realizaram-se eleições para os diversos Órgãos da Secção do PS e João Burrica decidiu pura e simplesmente alhear-se das mesmas, não se apresentando, ele saberá porquê...A partir daí, João Burrica ignorou completamente o PS, não comparecendo a uma única reunião da Concelhia, apesar de sempre ter sido convocado por carta registada e nunca mais pagou as quotas!
A demagogia política, tão do agrado de João Burrica, manifesta-se mais uma vez nessa carta "...esperança por um Campo Maior mais livre, mais justo e mais fraterno..." De facto é preciso ter lata!...
João Burrica, ao longo dos anos à frente do Município de Campo Maior, tem sido o principal veículo impulsionador da injustiça e da discórdia que reina entre grande parte dos Campomaiorenses, a sua Política tem sido continuadamente de dividir para reinar, e ele aí está de novo para dividir.
Como Socialista que se proclama, só tinha que aceitar as decisões do seu Partido e alinhar com eles nesta nova batalha, mas a sede de Poder fala mais alto.
Esta é a verdade, como verdade é o facto de João Burrica ter sido o Presidente da Câmara que mais Fundos Comunitários ignorou, que mais dinheiro dos nossos Impostos esturrou em "folclore", que mais penalizou os Campomaiorenses que com ele não estavam, votando-os ao ostracismo e ao desprezo, privando a nossa Terra daquilo a que tem direito: - Estradas de Ouguela e Retiro condignas; uma Zona Histórica reconvertida e embelezada; uma Zona Industrial revitalizada, uma Política Social condigna que a apoiasse os mais carenciados e os idosos; uma política habitacional solidária com os mais desfavorecidos e com os Jovens e tantas e tantas outras coisas que com este João Burrica jamais teremos.
É este o esclarecimento que deveria ter sido dado pelo PS, no entanto reitero o que inicialmente afirmei - João Burrica, na sua carta, armou-se em vítima e mentiu aos Campomaiorenses.
O Partido Socialista sempre o tratou com deferência, ele é que não retribuiu da mesma forma, abandonou-o levando toda a documentação do arquivo da Secção, deixou a conta na C.G.D. a zero e até as chaves do cofre monobloco desapareceram, desconhecendo-se ainda hoje o que está lá dentro.
É este o Homem que quer continuar à frente de Campo Maior?
Os Campomaiorenses irão certamente retirar as necessárias ilações e verificarem onde está a razão.
Campo Maior, 4 de Agosto de 2009
siripipi-alentejano

domingo, 2 de agosto de 2009

ELEIÇÕES AUTARQUICAS 2009

Em Outubro os Campomaiorenses vão decidir quem será o futuro Presidente da Câmara, os Candidatos já se perfilaram, vamos ter quatro concorrentes. A coligação PSD/CDS aposta em Pedro Nabeiro, o PS em Ricardo Pinheiro, a CDU em Paula Campos e João Burrica apresenta-se como cabeça de lista de um Movimento Independente.
Com a indicação destes nomes, as estruturas já começaram a mexer, as lutas internas iniciaram, os Candidatos dão os primeiros passos na procura de apoios, as guerras pelos lugares de charneira e elegíveis vão ser motivo de muitas conversas e até de mexericos, todavia, não nos podemos alhear dessas situações, já que apetência pelo Poder sempre foi a causa de muita incompreensão.
Os Candidatos escolhidos devem, ao longo do período que antecede o sufrágio, elaborar e defender o seu programa eleitoral, a sua linha de acção, analisar educadamente com justiça o trabalho executado ao longo dos anos pelos Executivos anteriores, fazendo críticas construtivas e contrapondo as acções que entenderem por bem fazer em prol de Campo Maior e das suas Gentes.
O Programa Eleitoral de um Candidato, deve integrar e definir os objectivos a atingir durante o Mandato e não poderá alhear-se de que são atribuições das Autarquias - " tudo o que diz respeito aos interesses próprios, comuns e específicos das suas Populações".
Aos Candidatos quero lembrar-lhes um princípio crucial - "devem estar na Política para servirem o Povo e não para se servirem eles próprios".
Os Candidatos devem ter ideias próprias e assiste-lhes o direito de as incluir nos seus Programas. Em política há princípios que se tornam difíceis de defender e até de alterar, contudo, em relação ao Poder Local, como já em tempos escrevi, eu arriscava a defesa de um Princípio inovador. ao qual lhe chamei Princípio da Harmonia e Coerência.
Se atendermos ao significado destas palavras, esse Princípio surge-nos (caso os Homens o queiram), muito simples, de fácil aplicação e muito mais benéfico para a População e para o desenvolvimento harmonioso de Campo Maior. Bastaria que os Eleitos ao tomarem posse dos seus cargos, ficassem lá fora as suas ideologias políticas e em conjunto, sem preconceitos, unidos dessem as mãos e definissem como objectivo principal, uma luta constante em prol do bem estar e qualidade de vida das Populações e desenvolvimento da sua Terra.
A Assunção deste novo Princípio iria facilitar o trabalho de todos os Executivos (Câmara e Juntas de Freguesia), já que a ausência de ideologias políticas e de directrizes partidárias, tornaria os Eleitos mais disponíveis e sensíveis na resolução de todos os problemas do seu Concelho.
Para isso basta que os Homens o queiram!
Campo Maior, 2 de Agosto de 2009
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sábado, 1 de agosto de 2009

O Regresso do Siripipi-Alentejano

Foram sete meses de ausência, o Siripipi esteve mudo. Hoje dia 1 de Agosto regresso para dar continuidade ao que prometi no meu primeiro post: Escrever sobre o Campo Maior de ontem e de hoje, contribuindo para que se façam análises e discussões das politicas locais. Nos meus trabalhos vou dedicar-me aos seus anseios, aos seus encantos e desencantos. O Siripipi-Alentejano vai continuar a ser um espaço de debate de opinião e de crítica construtiva. Aguardo a sua participação, esperando que tragam novas ideias para um debate são.
Estamos em período eleitoral, as politicas locais um são vector importante de discussão, é necessário analisar as candidaturas e seus programas, é esse o tema que vou abordar no próximo trabalho
Campo Maior, 1 de Agosto de 2009
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